Uma operação realizada em conjunto pela 1ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) e Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar de Rio Pardo apreendeu armas de caça, munições e animais vítimas de maus-tratos em uma propriedade de Linha João Alves, em Santa Cruz do Sul.
A ação foi realizada às 16 horas de quarta-feira, 18. Segundo a delegada titular da 1ª DP, Ana Luisa Aita Pippi, a Polícia Civil recebeu uma denúncia segundo a qual um homem mantinha em sua propriedade aves silvestres e cães em condições precárias. Após um período de monitoramento no local, Ana Luisa pediu à Justiça um mandado de busca e apreensão.
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Cães magros e poder de fogo
Entre as espécies presas em gaiolas havia sete azulões, três cardeais, um trinca-ferro, dois frades, três cravinas, cinco canários-da-terra, dois sargentos, três periquitos, uma graúna, um azulinho, um tiê- preto, um tiê-sangue, dois coleiros comuns e três pintassilgos. No local ainda foram encontradas sete armas sem registro, sendo seis espingardas de calibres 16, 20, 22, 24 e 32 (duas) e uma carabina de calibre 38, além de vasta munição.
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“Ele não tem uma perna, tem graves problemas de saúde e cuida da mãe idosa, que tem na faixa de 90 anos e não caminha. Diante de todo esse contexto, optamos por fazer um registro para que ele responda pelos crimes de maus-tratos a animais e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido”, explicou a delegada. Em seu depoimento, o homem não revelou o motivo de possuir as armas, nem os animais em condições precárias. “Ele irá responder em juízo. Na denúncia, constava que ele utilizava esses cães para a caça, deixando-os sem alimento”, complementou.
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“Instalamos um cartório de crimes ambientais na 1ª DP para apurar essas situações após a mudança da lei. Quero destacar que a parceria entre Polícia Civil, Semass e Patram visa não somente prender e repreender quem cometer maus-tratos a animais, como também prevenir e orientar, evitando assim a prática deste crime tão cruel”, salientou a delegada Ana Luisa Pippi.
Os três cães, que não têm raça definida, foram encaminhados ao Canil Municipal. Já as 35 espécies de aves silvestres foram apreendidas pela Patram, que lhes dará o destino correto, seja recolocando-as na natureza ou repassando ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão gerenciado pelo Ibama, em Porto Alegre.
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