O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu à Polícia Federal que investigue uma mensagem enviada à Corte Eleitoral direcionada à sua presidente, ministra Rosa Weber, em tom de ameaça. Recebido por meio de uma rede social do tribunal, o texto diz que o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, está “matematicamente eleito” e que, “se as urnas forem fraudadas”, a população vai para as ruas até que tenha nova eleição com voto impresso. “Experimente deixar que isso aconteça”, diz parte da mensagem.
Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o caso “obviamente representa um crime”. “Obviamente representa um delito, um crime, e tem de ser identificado quem o fez para ser legalmente punido”, afirmou Jungmann, após assinar um termo do ministério com o TSE relativo à atuação dos mesários no segundo turno das eleições.
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O Estadão/Broadcast apurou que o ofício encaminhado à PF pede para que sejam identificados o autor e a origem da mensagem. “A resposta vai ser dada, a Polícia Federal vai investigar, e nós vamos trazer um resultado”, completou o ministro.
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Questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral têm sido frequentes nessas eleições, com dúvidas lançadas por um de seus próprios concorrentes. Na disputa pela presidência da República, Bolsonaro já chegou a dizer que não aceitava resultado das eleições diferente de sua vitória.
Mais recentemente, no último dia 12, o candidato voltou a falar do assunto e disse que a suspeição vale somente para a votação para presidente. Ele, que disputa o segundo turno das eleições presidenciais com Fernando Haddad, do PT, defende a adoção do voto impresso nas eleições.
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Os encaminhamentos teriam se intensificado nas últimas semanas, após o primeiro turno do pleito. A mensagem recebida no início da semana, no entanto, chamou atenção por ter sido direcionada a Rosa. “Espero que a senhora fique de olho”, diz um trecho do texto.