A ligação do policial civil Nilson Aneli com o traficante morto no domingo, 4, em Tramandaí, está sendo investigada. Aneli foi assessor de ex-secretário da Segurança, Airton Michels. Ele estava na residência onde Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, foi executado com um tiro de fuzil.
Em depoimento ainda no dia do crime, o policial civil disse que teria ido à casa do traficante após o tiroteio porque havia sido informado de que um sobrinho estava no local e baleado. Porém, testemunhas e suspeitos relataram que algumas das armas apreendidas na casa seriam de Aneli. Além disso, contaram que, após o ataque da quadrilha rival, dois homens teriam saído para a rua revidando, e que um deles era o policial. Um policial militar que chegou dois minutos depois do tiroteio disse à polícia que Aneli já estava no portão da casa quando chegou.
Um procedimento foi aberto pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar se Nilson fazia a segurança para o traficante. Xandi é considerado um dos maiores traficantes da Região Metropolitana. Até quinta-feira, 1º, Aneli estava lotado no gabinete de Michels. A pedido do então secretário, o policial havia cedido para o Ministério Público.
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