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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Polícia investiga origem de vídeos de conteúdo sexual

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Celulares, computadores e outros itens eletrônicos foram apreendidos na quinta-feira

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Uma série de vídeos com cenas de sexo explícito vem sendo disseminada em grupos de WhatsApp nas últimas semanas, em Sobradinho. As imagens tem sido divulgadas como sendo da promotora de Justiça do município e de duas advogadas, que são procuradoras municipais. Todas elas negam. Investigado pela Polícia Civil, o caso é tratado como crime de exposição e contra a honra e imagem.

A reportagem da Gazeta do Sul apurou que pelo menos cinco vídeos diferentes foram enviados por mensagens de aplicativo. Com baixa qualidade e escuros, eles apresentam poucas características das pessoas envolvidas, de maneira que não é possível identificar quem são. Alguns mostram duas pessoas, enquanto outros apresentam três ou mais.

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“O vídeo a que eu tive acesso, entreguei à Polícia Civil. Embora muitas pessoas ainda se questionem, jamais existiu algum vídeo expondo minha intimidade.” Ela acredita que a motivação para ter seu nome veiculado a informações falsas seria represália de pessoas incomodadas com a atuação da promotoria.

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Os vídeos teriam sido divulgados em grupos de WhatsApp específicos de Sobradinho. Uma mulher teria sido apontada como a primeira a afirmar que as imagens retratavam as funcionárias municipais. Pelo menos dois dos vídeos expostos já teriam sido confirmados como provenientes de pessoas residentes nos municípios de Três de Maio e Marau.

A Polícia Civil da região Centro-Serra, junto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, cumpriu mandados de busca e apreensão na última quinta-feira. Segundo as autoridades policiais, os mandados foram cumpridos em residências de Sobradinho e Lagoa Bonita do Sul.

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Em entrevista para a Gazeta do Sul na noite dessa segunda, a delegada revelou que dez pessoas já foram ouvidas a respeito do caso envolvendo os vídeos de conteúdo erótico. “Estamos na fase dos depoimentos e, ao mesmo tempo, aguardando os dados da perícia sobre os equipamentos apreendidos. Com base nesses elementos, iremos definir os próximos passos”, afirmou Graciela.

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Sem sigilo

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Delegada Graciela: fase de depoimentos

A delegada Graciela afirmou que as vítimas autorizaram oficialmente a retirada do sigilo. Conforme ela, existem várias outras ocorrências parecidas na região, mas crimes como esse tramitam em sigilo. Nesse caso, no entanto, o pedido das vítimas foi para que nada ficasse oculto. A divulgação de notícias falsas é crime com pena de reclusão e multa por danos morais. Graciela frisou que a lei criminaliza o oferecimento, troca, disponibilização, transmissão, exposição e venda, entre outras condutas, de conteúdo pornográfico.

Da mesma forma, manipular vídeos incluindo pessoas que não estavam originalmente nas imagens também é crime. Segundo a advogada, a lei responsabiliza não só quem cria esse conteúdo, mas também quem dissemina. Alertou ainda que o mero armazenamento de conteúdo no celular, mesmo que não seja repassado a alguém, já caracteriza crime.

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