Corpo da vítima foi encontrado em um ponto junto ao Arroio Carijinho. Neto confirmou que desferiu os golpes contra a própria avó | Raphael Capelari / Gazeta da Serra
O que seria um gesto de zelo e cuidado acabou de forma trágica. Na madrugada de sábado, 19, Sonia Machado, 61 anos, foi morta a facadas em sua residência, no acesso Carlos José Ceolin, na entrada de Linha Carijinho, em Sobradinho. Um jovem de 19 anos, neto da vítima, confessou tê-la atacado porque ela não o deixou sair de casa.
A partir desta segunda-feira, 21, a delegada Graciela Foresti Chagas, titular da delegacia de Sobradinho, assume o caso. “O inquérito está instaurado, vamos colher depoimentos de testemunhas e aguardar as perícias para elucidar os fatos”, informou a delegada.
Após o crime, o rapaz acionou a Brigada Militar. Ao chegar, os policiais encontraram o rapaz e uma segunda pessoa. Ele apresentava nervosismo e num primeiro momento relatou duas versões para o fato.
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Em seguida, admitiu o crime e mostrou onde havia jogado a faca em um terreno baldio ao lado da casa.
O corpo de Sonia estava no outro lado da rua onde fica a residência, dentro do Arroio Carijinho. O Instituto Geral de Perícias constatou que ela apresentava mais de 30 facadas que atingiram peito, costas e rosto. Já o autor apresentava escoriações nos dedos, sinais de que também teria se ferido com uma faca.
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O crime teria acontecido na casa onde avó e neto residiam. No local, a Brigada Militar constatou que o jovem estava com as calças sujas na altura dos joelhos e teria tentado limpar o sangue no chão do imóvel. Ele foi preso em flagrante e levado para o Presídio Estadual de Sobradinho.
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A mãe do jovem foi informada e disse que não tinha condições de arcar com as despesas de um advogado. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia pelo delegado Alessander Garcia, que estava de plantão no fim de semana. Conforme Garcia, em seu depoimento, o jovem confessou o crime. “Ele alegou que o motivo seria porque ele queria sair e ela não teria permitido”, frisou o delegado.
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Garcia também salientou que, de forma preliminar, a Polícia Civil obteve informações de que o autor do crime apresenta transtornos mentais. “Ele estava fazendo uso de remédios de forma continua”, afirmou o delegado.
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A Gazeta do Sul conversou na manhã de sábado com uma familiar de Sonia, que preferiu não se identificar. Ela contou que a mãe teria abandonado o menino e foi Sonia quem assumiu os cuidados. A familiar contou que a avó chegou a procurar um médico para prestar assistência a ele. “A gente sempre via que ela tinha um cuidado especial com ele. Tudo o que ela fazia era para o guri, e ele fez isso com ela”, contou a familiar, confirmando que o jovem fazia uso de medicamentos.
Sonia Machado era natural de Candelária e há alguns anos morava em Sobradinho. O sepultamento ocorreu na manhã de ontem, no Cemitério da Costa, na localidade de Pinheiro, no interior de Candelária. Ela deixa três filhos.
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