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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Política e o vir a ser

Retomo um tema sobre o qual já escrevi várias vezes. O direito à reeleição dos governantes é um assunto que suscita as mais variadas defesas e contestações.

Teoricamente, procede a tese de defesa da continuidade administrativa e o direito do governante ter sua administração referendada (ou não) pelos cidadãos.

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Claro que uma boa gestão também pode ser aprovada (e reeleita) através da eleição de um dos seus membros administradores e partidários, sem ser o atual governante, assim, inclusive, evitando o excesso personalista.

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Porém, na prática a história é outra. Aberta a possibilidade da reeleição, não é à toa que são inevitáveis os excessos e os escândalos. Não podemos ignorar os habituais e ruins níveis de gerência e eficácia dos negócios públicos, e a quase completa ausência de fiscalização popular.

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Como também é ineficaz a atuação das Câmaras de Vereadores, das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional, todos de atividades mansas e subservientes. Pouco ativos naquilo que lhes é essencial: a fiscalização do Poder Executivo.

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Consequentemente, regra geral, decorre uma explosão de gastos públicos, endividamentos, inversão de prioridades, fisiologismo e clientelismo, liderados por prefeitos, governadores e o presidente, focados na reeleição.

Pior. Resulta um aviltamento do processo eleitoral, desigual em todos os sentidos. Aliás, pode-se agregar mais um aspecto. Diz respeito aos meios de comunicação, que recebem muito dinheiro público.

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Inevitavelmente, interferirão indiretamente no processo eleitoral, tendendo a comunicar “as boas novas administrativas e o ótimo desempenho” do governante da hora (prefeito, governador, presidente), em paralelo ao processo eleitoral e à margem da equidade desejada pela legislação.

Logo, irônica e contrariamente aos esforços de controle da inflação, redução do déficit orçamentário, enxugamento dos gastos públicos, os candidatos à reeleição colaboram para o agravamento do desequilíbrio das contas públicas.

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Afinal, um político raramente é o que tem sido, ou é o que foi ontem, mas é o que poderá vir a ser!

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