Saúde e Bem-estar

Popularização de técnica que muda a cor dos olhos preocupa especialistas; entenda

A popularização da ceratopigmentação, um procedimento que promete mudar a cor dos olhos, têm preocupado a comunidade médica. A técnica é autorizada no Brasil apenas para caráter terapêutico ou sob indicação médica. No entanto, o assunto ganhou maior atenção após influenciadores digitais realizarem o procedimento fora do país apenas por estética.

Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, o presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs), Bruno Schneider, explicou a diferença dos dois cenários. “Nesses casos de recuperação estética, o procedimento é realizado em pessoas que não têm visão daquele olho. Então, não existe risco de levar perda visual. Já para a pessoa que tem a função visual normal, há o risco”.

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A ceratopigmentação sem indicação clínica pode causar danos irreversíveis à visão. Entre os principais riscos estão infecções, fotossensibilidade intensa e, em casos mais severos, cegueira. A cirurgia é invasiva e modifica definitivamente a estrutura ocular, sem possibilidade de reversão. “Em torno de 50% das pessoas que se submetem a esse procedimento ficam com muita sensibilidade à luz e algumas delas ficam com uma sensibilidade incapacitante, que acaba interferindo nas atividades de trabalho, na sua locomoção, direção, diversas atividades”, ressaltou.

Outro ponto crítico é que, com o passar do tempo, em cerca de 20% dos casos, a pigmentação realizada pela cirurgia começa a se degradar, comprometendo ainda mais a aparência. A Sorigs reitera a importância de buscar orientação médica especializada e seguir as normativas da oftalmologia brasileira.

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Paula Appolinario

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