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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Por dentro da safra: veio o granizo, que jamais se espera

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Giovane Weber, a mãe, dona Rosa, e o vizinho, Nestor Hentschke, trabalham na plantação de batatinhas

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Olá, pessoal! Tudo bem? Chegamos a essa semana em situação bem diferente do que ocorreu na semana passada. Na coluna anterior referi que havíamos feito a capina em parte da lavoura de tabaco, que estava em vias de completar um mês desde o transplante, e a previsão era de muito frio. A preocupação era com a possibilidade de neve ou, como se viu, de geadas fortes, e com os efeitos sobre as plantações. Não contávamos era com o granizo que veio na madrugada de terça para quarta-feira, 19, e que causou estragos no tabaco. Ele atingiu cerca de 60 mil pés dos 75 mil pés que cultivamos, eu e minha esposa e os meus pais.

Agora, não há outra coisa a fazer que não esperar e ver como as plantas reagem. As que tiveram só as folhas quebradas certamente vão se recuperar, ainda que o desenvolvimento delas seja retardado. No caso das que tiveram o miolo afetado, vamos ter de esperar que novos brotos surjam, para então selecionar o mais forte, que deixaremos crescer, e eliminar os demais. Dará bastante trabalho, envolvendo a mão de obra de nossa família, algo que não estava previsto, mas não tem jeito; terá de ser feito.

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O granizo atingiu todas as nossas culturas, não só o tabaco, mas foi neste que provocou mais estragos. Temos, claro, o seguro mútuo da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), que ao menos nos rendeu algum recurso, mas a gente conta sempre é com a receita da produção da safra. Entre as demais culturas, o granizo machucou também a plantação de batatinha, a Jahres Kartoffel, que plantamos todo ano no dia 24 de junho. As folhas ficaram com muitos furos. Mas na batatinha a geada forte, que aqui na propriedade veio na quinta e na sexta-feira, não causou problemas. No tabaco, será preciso esperar por alguns dias para verificar se a geada, depois do granizo, também afetou as folhas.

Tarefas não faltam na época atual

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O campo é sempre o começo de tudo

Quando a agricultura é o que nos motiva, é nossa vocação, como é meu caso, a gente sempre vai em busca de novas técnicas ou tecnologias. Mas a semana passada mais uma vez nos mostrou que, no final de tudo, não importa em qual situação, quem comanda é o clima. A lavoura é uma atividade a céu aberto, e o clima pode fazer tudo mudar da noite para o dia. E o que acontece por aqui se reflete também na cidade. O meio rural é o começo de tudo: aqui se planta, e aqui se colhe. Mas, se não for plantado ou não puder ser colhido, faltará na cidade, nas mesas, e faltará até para a exportação.

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