Pós-doutorando desenvolve oficinas de história regional em escolas públicas

Embora a literatura regional aborde a ocupação do Vale do Taquari principalmente a partir da imigração europeia no século XIV, a região já era colonizada por índígenas, entre eles os Guarani, desde o  século XIII. Para valorizar a história regional e levar o conhecimento gerado na Instituição para a comunidade, o doutor Marcos Rogério Kreutz está  realizando seu estágio de pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) da Univates em escolas de educação básica da região.

Vinculado à pesquisa “Projeto Arqueologia, História Ambiental e Etno-História do Rio Grande do Sul” do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), coordenado pela doutora Neli Galarce Machado, que também é supervisora do estágio de pós-doutorado, o projeto irá trabalhar a formação continuada de professores em relação à história da ocupação do Vale do Taquari. “Ainda há quem questione se havia índios no Vale do Taquari. Já se avançou muito nessa questão com as ações do curso de História e de projetos de pesquisa e extensão, como o ‘Arqueólogo por um dia’, porém ainda é necessário esclarecer o que ocorreu na região em tempos passados”, afirma Kreutz.

Para a realização das oficinas, Kreutz apresentou a proposta para a Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE). As atividades serão desenvolvidas nas escolas que demonstraram interesse. Em Travesseiro, por exemplo, o interesse da Secretaria de Educação na proposta foi tanta que a iniciativa será estendida às escolas municipais e a oficina terá ênfase na ocupação da área do município.

Segundo o coordenador pedagógico da 3ª CRE, Fábio Mallmann, entre os destaques da proposta de trabalho de Kreutz está a possibilidade de docentes e discentes aprofundarem, de forma qualificada, seus conhecimentos a respeito da história do Vale do Taquari. “Essa perspectiva apresentada pelo professor, propondo uma visão sistêmica, como um corpo orgânico, em que tudo está no todo, ultrapassa as fronteiras da informação comunicada, permitindo a apropriação e o entendimento, ou seja, informação transformada em conhecimento.  Certamente a pesquisa do professor também permitirá superar o distanciamento existente da história natural e humana específica do nosso Vale, muitas vezes negligenciado em propostas curriculares”.