O Brasil passou a exigir muito dos governos e dos serviços públicos, “nosso povo está sofrendo”, e “muita coisa tem que melhorar”, disse nesta quinta-feira, 30, a presidente Dilma Roussef aos governadores que estão reunidos com ela no Palácio da Alvorada, acrescentando que “nenhum governante pode se acomodar”.
“Esse Brasil passou a exigir muito dos governos, das empresas, dos hospitais, das escolas, da política, da justiça e de si mesmo. Nesse novo Brasil nenhum governante pode se acomodar. Muita coisa sabemos que precisa melhorar, principalmente porque sabemos que nosso povo está sofrendo, e quando sabemos isso, muita coisa tem que melhorar”, afirmou a presidenta.
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O encontro foi organizado também para que Dilma pudesse ouvir as demandas dos governadores. Ao terminar o seu discurso inicial, ela anunciou que alguns ministros fariam exposições sobre assuntos como a segurança pública e matérias de impacto financeiro no Congresso Nacional, mas disse que a palavra seria passada em seguida aos chefes dos Executivos estaduais.
“Nós temos a humildade para receber críticas e sugestões e temos todo interesse na cooperação. Eu queria dizer aos senhores que eu, pessoalmente, sei suportar pressão e até injustiça. Isso é algo que qualquer governante tem que se capacitar e saber que faz parte de sua atuação”, afirmou, antes de declarar que conta com os governadores e que eles podem contar com ela.
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Participam do encontro em Brasília os governadores e uma vice-governadora de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Além de Dilma e do vice-presidente Michel Temer, pelo menos dez ministros do governo estão presentes.
Os governadores começaram a chegar no Palácio da Alvorada por volta de 16 horas. Em seguida, a presidente, junto com uma equipe de ministros, sentou-se à mesa da reunião e fez o discurso de abertura. Estão presentes, dentre outros ministros, o da Fazenda, Joaquim Levy, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do Planejamento, Nelson Barbosa, além de Cardozo.
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Entre os temas que estão em pauta no Palácio da Alvorada, em Brasília, a reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá importância especial, pois uma proposta sobre o tema está para ser votada pelos senadores, assim que retornarem do recesso na próxima semana.