Política

Pré-candidato ao governo do Estado, Zucco alerta que dívida deve chegar a R$ 120 bilhões

Líder da oposição na Câmara Federal, o deputado Luciano Zucco (PL) é o pré-candidato do partido ao Palácio Piratini em 2026. Ele apontou problemas crônicos do Estado, como a dívida, que deve chegar a R$ 120 bilhões e voltará a ser paga em 2027 após um tempo de interrupção, como benefício oferecido pela União em decorrência da catástrofe climática de 2024.

Zucco foi o convidado dessa segunda-feira, 3, da série de entrevistas realizada pelo programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9. Aos jornalistas, ressaltou a preocupação com as finanças gaúchas. O alerta, segundo ele, deve-se ao fato de o atual governo ter captado recursos extras com privatizações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás).

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“Teremos que, nos primeiros meses de 2027, ir a Brasília para renegociar. Estamos preocupados como está sendo conduzido”, antecipou. Adiantou que existem duas possibilidades: o Regime de Recuperação Fiscal ou o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Para ele, essa segunda opção pode ser mais interessante, pois permite que parte da dívida seja utilizada em investimentos em educação e obras estruturantes.

Para conseguir chegar ao melhor resultado, reforçou a necessidade de um governo técnico. “Temos outros estados com dívidas e que poderiam trabalhar em bloco essa questão com o governo federal.” Conforme Zucco, isso seria facilitado com a retomada da direita na Presidência, a partir da possibilidade de nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Quanto à eleição federal, citou ações que a oposição teve no atual governo, como a interrupção das licitações para compra de arroz asiático e publicidade. “Fica claro que o ministro mais importante do governo Lula é o marqueteiro Sidônio [Palmeira, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil]”, comentou.

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O deputado ainda recordou da abertura da comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Sem-Terra (MST). “Mostramos que não são só crimes no campo que têm o dano ao patrimônio. Há crimes ambientais, trabalho análogo à escravidão.”

Bloco busca ampliar a aliança com partidos

O atual período é de formação de alianças para coligações que possam ter peso no processo eleitoral do próximo ano. Nas pesquisas de opinião pública que têm sido divulgadas, Luciano Zucco (PL) aparece em empate técnico na liderança, com Edegar Pretto (PT) e Juliana Brizola (PDT) – ambos já foram ouvidos na Rádio Gazeta, assim como Paula Mascarenhas (PSDB) e Evandro Augusto (Missão).

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Por enquanto, Zucco tem confirmada a aliança com o Novo. Acredita que seja reedidata a parceria com o Republicanos e busca fortalecer uma coligação com o Partido Progressistas (PP). “O PP é o maior partido do Estado, entendemos que precisa estar junto”, ressaltou.

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Zucco destacou o apoio do prefeito Sérgio Moraes (PL) na busca por parcerias para fortalecer o grupo nas eleições de 2026. Citou também os nomes dos deputados Marcelo (federal) e Kelly Moraes (estadual) para essa construção. Atualmente, tem confirmados os nomes de Marcel van Hatten (Novo) e Ubiratan Sanderson (PL) para a disputar o Senado.

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“Temos que ter um grande grupo qualificado para mudar o rumo dos últimos 40 anos, onde os mesmos grupos fizeram com que o Estado fosse o que menos cresceu nos últimos 30 anos”, alertou. “A marca desse projeto é de um grupo e não pessoal, de maneira alguma. É hora de colocar pessoas técnicas para alavancar e trazer o Rio Grande do Sul a um outro patamar.”

Saiba mais

Durante a entrevista dessa segunda-feira na Rádio Gazeta, Luciano Zucco ressaltou alguns pontos que considera fundamentais para a atenção de um eventual governo.

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Um deles é a necessidade de atenção regionalizada para o desenvolvimento gaúcho, alavancando o litoral, melhorando a Serra e potencializando a Região Sul. “São vários estados no mesmo Estado”, justificou.

Ele também citou o projeto de melhoria do modal viário, com alternância de modais em nova concessão das ferrovias. “Tínhamos entre 3 mil e 4 mil quilômetros de ferrovia na década de 1960; hoje não chega a mil”, explicou.

Sobre a área da educação, criticou fortemente a medida do governo estadual que possibilita aos estudantes reprovarem em determinado número de disciplinas. “Como teremos um jovem que rode competindo com quem vem das escolas privadas?”, questionou.

Confira a entrevista com Luciano Zucco na íntegra:

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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