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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Preço do tabaco abaixo da média reduz ganhos dos produtores

Apesar do aumento considerável da produção em relação ao ano passado, a safra de tabaco não deve injetar muito mais recursos na economia gaúcha com a venda da colheita. O baixo preço pago com a desvalorização na classificação durante a comercialização causou a queda no preço médio, de R$ 10,17 em 2015/2016 para R$ 9,03 até o momento. 

Se o valor antigo fosse mantido, a venda das 328.040 toneladas produzidas neste ano renderia R$ 3.336.166.800,00. Com o novo preço, no entanto, o montante será de R$ 2.962.201.200,00. Até a última semana, cerca de 25% da produção já havia sido vendida.

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Ainda em julho do ano passado, lembra Werner, os produtores foram orientados a não expandirem as áreas de plantio, mas alguns optaram por fazê-lo mesmo assim. Conforme o dirigente, o discurso antitabagista tem contribuído para a queda da demanda, que caiu de 7 milhões de toneladas para cerca de 5 milhões nos últimos 14 anos. Outro fator que contribui para a redução é o contrabando de cigarros, que vem ganhando força diante do valor muito alto do produto legalizado. 

A expectativa é de que, até o final da safra, o preço por quilo chegue a R$ 9,35, garantindo a lucratividade dos fumicultores, mesmo que abaixo do esperado. Atual vice-prefeito de Venâncio Aires e um dos maiores produtores de fumo do Vale do Rio Pardo, Celso Krämer vê o cenário com preocupação. “O produtor agrícola sai extremamente prejudicado, pois vê seu poder de comprar diminuir e o preço dos produtos que precisa adquirir manter-se ou aumentar ainda mais”, comentou. 

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Insumos agrícolas têm custos elevados

Outro problema assinalado por Celso Krämer é o valor dos insumos agrícolas repassados das fumageiras para os produtores, os quais não baixaram de preço. A diferença, segundo ele, é de até 200% em relação ao comércio em geral. 

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Para lembrar

A última rodada de negociação do preço da safra de tabaco, em 17 de janeiro, terminou sem acordos. Nenhuma das empresas chegou ao percentual de reajuste de 8,35% sobre a tabela do ano passado, assinado com a Souza Cruz em novembro. Com isso, essa empresa permanece a única que assinou o protocolo com os fumicultores até agora. O índice representa 1,05 ponto percentual acima da variação do custo de produção, de 7,3%. Com isso, o preço de tabela pelo quilo do fumo do tipo TO2 é R$ 9,35 e o BO1 vale R$ 11,64. 

As propostas apresentadas na última rodada foram apenas para a variedade Virgínia. A Philip Morris ofereceu reajuste de 5,3% para as posições B e T e X e C, conforme a tabela da safra anterior. A JTI propôs 6,7% de aumento. Já a Universal Leaf apresentou acréscimo de 7,5% para as posições B e T e nas X e C, a manutenção da tabela da safra passada; e nas classes XL1, XL2, CL1 e CL2, redução de 7%. A Alliance One, China Brasil e Premium não trouxeram propostas.

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