Foto: Claudine Friedrich
A possibilidade de encerramento das atividades da Comunidade Terapêutica (CT) Recomeçar motivou uma reunião entre a diretoria da entidade e o governo municipal, realizada na manhã da última quinta-feira, 21, no gabinete do prefeito Sérgio Moraes. O encontro teve como objetivo discutir alternativas para evitar o fechamento da instituição, que enfrenta dificuldades financeiras em razão, principalmente, do baixo número de pacientes encaminhados via município.
Fundada em 2009, a CT Recomeçar atua na prevenção e recuperação de pessoas em tratamento contra a dependência química e o álcool. A iniciativa de chamar a diretoria da entidade para um diálogo partiu do vice-prefeito Alex Knak, que se sensibilizou com a situação após a divulgação, pela Gazeta do Sul, de que a entidade vem tendo dificuldades para manter suas atividades, havendo a possibilidade de encerramento.
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Participaram da reunião a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Fátima Alves da Silva, técnicos da Secretaria Municipal da Saúde, além do presidente da CT Recomeçar, Roberto Moura, o tesoureiro Raul Henn, o responsável técnico Altemir Thormann e, ainda, Marcos Brust e Paulo Alves de Oliveira, que também integram a diretoria.
Atualmente, a CT Recomeçar mantém convênio com o município para o atendimento de pacientes encaminhados pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), cujo contrato expira em outubro. Segundo a diretoria, porém, o baixo número de pacientes que vêm sendo encaminhados nos últimos tempos torna a manutenção da estrutura inviável.
A equipe da Secretaria de Saúde explicou que isso vem ocorrendo porque o Estado e o Governo Federal disponibilizam vagas em 18 comunidades terapêuticas conveniadas, sem custos ao município, o que muitas vezes supre a demanda local. A CT Recomeçar atualmente não está entre essas, disponibilizando somente vagas particulares ou pelo contrato municipal. Essa situação, aliada a recomendações do Ministério Público para priorizar os encaminhamentos para as vagas estaduais, acaba reduzindo o fluxo de pacientes para a Recomeçar.
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O vice-prefeito Alex Knak ressaltou a relevância da instituição. Ele destacou que muitos pacientes acabam sendo encaminhados para cidades vizinhas, como Rio Pardo e Candelária, dificultando a proximidade com as famílias. Para ele, o trabalho desenvolvido pela Recomeçar, especialmente no acolhimento após a desintoxicação e no suporte às famílias, é um diferencial que precisa ser preservado.
O presidente da entidade, Roberto Moura, também reforçou que o modelo de atendimento oferecido é diferenciado, com equipe multiprofissional formada por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, o que garante bons índices de reabilitação. No entanto, segundo ele, os valores recebidos não cobrem os custos desse padrão de atendimento.
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Após ouvir os relatos, o prefeito Sérgio Moraes afirmou que o município precisa respeitar as normas legais e recomendações dos profissionais médicos que fazem os encaminhamentos, mas garantiu empenho para encontrar uma solução. “É uma causa muito justa. Vamos pensar em alternativas e voltar a conversar”, afirmou.
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