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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Produtores da região testam o cultivo de tabaco fora de época

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Jorge Reckziegel, com a esposa Ilaine e a filha Janaína: se a experiência der certo, a ideia é plantar menos na safra normal de verão

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Em praticamente toda a área baixa do Vale do Rio Pardo, a colheita do tabaco da safra 2020/21 encerrou-se ao final do ano passado ou no início deste ano, e agora a comercialização do produto está sendo agilizada. No entanto, mesmo na entressafra, há novas mudas de tabaco crescendo em algumas lavouras.

É o que ocorre na propriedade de Jorge Matias Reckziegel, 54 anos, em Linha 17 de Junho, a oito quilômetros da sede de Venâncio Aires, em direção a Linha Cecília. Jorge e sua família, que haviam cultivado 70 mil pés no ciclo normal, no verão, decidiram neste ano fazer uma experiência: plantar 20 mil pés na saída do verão, em uma safra fora da época convencional na região.

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Reckziegel e a esposa Ilaine, 55, ao lado da filha Janaína, 29, formada em Direito, mas que momentaneamente optou por seguir com os pais no meio rural, plantam tabaco há 16 anos. Antes ele atuava no ramo de transporte, como cobrador e motorista de ônibus no interior de Venâncio Aires. Quando largou essa atividade, começou a adquirir áreas de terras em Linha 17 de Junho, para se dedicar à agricultura. Hoje, possui cerca de 15 hectares. O tabaco passou a constituir a principal fonte de renda familiar, complementada com gado de corte e cultivo de grãos, em especial milho, além de alimentos de subsistência. Com três estufas convencionais de taco, e costurando as folhas em máquina tecedeira, os Reckziegel cuidam sozinhos das atividades, eventualmente contratando diarista.

A recente safra de verão teve forte influência negativa do clima, frisa Jorge. As mudas de tabaco haviam sido plantadas em meados de julho, e a colheita se iniciou em outubro, tendo sido finalizada ainda em dezembro. Pelos seus cálculos, por efeitos da estiagem e de outras interferências climáticas, a quebra em volume deve ficar em 14%, além da depreciação da qualidade. Uma última parcela da produção, estimada em 700 arrobas no total, está por ser comercializada. E foi justamente a frustração com o resultado em volume e qualidade da safra normal que motivou Jorge a, neste ano, arriscar o plantio de 20 mil fora de época.

Clima dos últimos dias favoreceu as plantas
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A expectativa de Jorge é de que possam concluir a colheita em seis a sete fornadas, entre abril e julho, a tempo de preparar as folhas para a comercialização na reta final da compra junto às empresas, que, em geral, vai até o final de julho. Ele acredita que, pelas perspectivas, poderá colher em torno de 200 arrobas, mantendo a média de 10 arrobas por mil pés. “Se a experiência der certo, como tudo indica, nossos planos são de reduzir depois o volume plantado na primavera, de 70 para 50 mil pés. Com isso, conseguiríamos distribuir melhor nossa demanda de mão de obra, uma vez que somos apenas três pessoas cuidando das tarefas”, diz.

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“Vai que dá certo!”

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