No fundo de um açude aberto no potreiro para armazenar água, resta apenas uma pequena poça com uma cobertura verde de lodo. As vacas leiteiras de Eitor de Moraes, de 66 anos, apenas observam, da borda, a terra seca dois metros abaixo.
O produtor de Capela dos Cunha, interior de Santa Cruz do Sul, sofre com a estiagem desde novembro. Para ele, é o pior período de seca na localidade. A água para o gado é colocada em cochos. É a mesma do consumo da casa, fornecida pela Prefeitura por meio de um poço artesiano. Cada animal bebe até 100 litros por dia em alguns casos.
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A cada dois dias, a cooperativa Languiru recolhe 1,3 mil litros com o caminhão-tanque. Em condições normais, o volume seria de 1,6 mil litros. O valor pago por litro é de R$ 1,40, o que resulta em uma margem de lucro mínima diante dos custos de produção. Eitor recebe a ajuda da esposa, Elani de Moraes, de 65 anos, o que exime a necessidade de ter um funcionário para a ordenha.
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