Como forma de protesto, a professora de Direito Beatriz Vargas Ramos lançou a sua “anticandidatura” ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, o objetivo é revelar a “farsa” da sabatina de Alexandre de Moraes no Senado, programada para esta terça-feira, 21. A professora já se posicionou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que classificou como “golpe parlamentar”, e considera o governo de Michel Temer ilegítimo.
O manifesto de apoio à professora apresentado ao Congresso Nacional possui 2.621 assinaturas. Entre os signatários, estão os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Patrus Ananias (PT-MG), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).
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A professora também acredita que Moraes possa enfraquecer e desgastar a imagem do STF, pois pairam “suspeitas” sobre ele por ter sido filiado até a indicação para o Supremo a um partido político, o PSDB.
“Nossa ação expõe a pessoa no seu desempenho político, mostra a filiação, o discurso, enfim, mostra na verdade a quem ele presta contas, porque ao povo não é, nem ao eleitor, isso está claro”, criticou. Beatriz afirmou que “Moraes só negocia com bancada da bala”. “Ele gosta da linguagem bélica.” Ela ressaltou, contudo, que a ação também busca debater o rito de indicação de todos os ministros do Supremo. “Nossa ação é mais do que ele. Estamos querendo defender a Suprema Corte.”
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Beatriz afirmou que, caso a nomeação seja confirmada, Moraes poderá ser alvo de pedidos de impeachment, dependendo da sua conduta como ministro.