Programa que une educação e esporte para apoiar alunos realiza formatura

O estudante Antony Gabriel Zwicker Weis, de 10 anos, testemunhou de perto os estragos provocados pelas enchentes em Sinimbu no ano passado. Embora sua casa não tenha sido atingida pelas águas, sentiu a dor dos moradores que perderam tudo na catástrofe climática.

Estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória, Antony foi um dos 22 jovens do município a participar do projeto Caminhos Profissionais (MVP). Promovida pela organização social Foco Empreendedor, a iniciativa combina educação e esporte para contribuir na recuperação socioambiental pós-enchente no Vale do Rio Pardo.

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Em Sinimbu, as atividades ocorreram desde dezembro de 2024, no contraturno escolar. Enquanto aprendia basquete, a turma participou de atividades que fomentam a criatividade, a cooperação, a autoconsciência e o pertencimento comunitário. 

Adepto do futebol, Antony tornou-se entusiasta do basquete e adquiriu lições que levará para a vida, sobretudo em relação ao companheirismo com os colegas. “Aprendi que não se trata apenas de ganhar, mas saber perder também. Não é sempre que ganhamos. Precisamos nos unir, não baixar a cabeça e tentar de novo”, afirmou.

O projeto Caminhos Profissionais também ocorreu em Vera Cruz, com 17 adolescentes de três escolas – Vera Cruz, João Carlos Rech e Elemar Kroth. As atividades foram realizadas entre agosto e dezembro. 

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Na noite dessa terça-feira, 2, os estudantes e familiares estiveram no clube União Corinthians, em Santa Cruz do Sul, para a formatura. María Belén Actis, idealizadora do projeto, ressaltou que o basquete foi uma importante ferramenta para levar educação empreendedora aos jovens. “Após uma catástrofe tão grande que essas crianças atravessaram, precisávamos ajudar e passar um pouco de conhecimento.”

A presidente da Foco Empreendedor, Áurea Helena Kops Binz, salientou que, após as enchentes, a população afetada pelas estava adoecendo, inclusive as crianças. Com isso, mobilizaram-se para ajudá-las a superar os traumas pós-catástrofe. “Percebemos que elas saíram mais fortes, conduzidas para a nova etapa, que é seguir com a vida”, afirmou.

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