Projeto de educação antirracista envolve comunidade de escola no São João

Na beleza dos trabalhos artísticos, a dedicação e o envolvimento ficam evidentes. Esse é o cenário na Escola Municipal Leonel de Moura Brizola, no Bairro São João, em Santa Cruz do Sul. Por lá, os últimos dias foram para destacar reflexões e discussões que já fazem parte do dia a dia na sala de aula. Desde a última segunda-feira, 17, até esta quarta, 19, ocorre a 2ª LeoAfro – O afro de todos nós, uma programação que envolve comunidade escolar e convidados, proporcionando formação diferenciada.

Na instituição, o projeto de abordagem de educação antirracista é realizado por vários professores, em conjunto com a equipe diretiva, durante todo o ano letivo. “Como escola, como profissionais da Educação, nós entendemos a importância de abordarmos as várias situações que envolvem os tipos de racismo: como ele acontece, forma de identificação, de combate”, explica a professora Ana Paula Teixeira Porto. Por meio das atividades, o objetivo é proporcionar uma construção humana que valorize as contribuições das culturas afro-brasileira e africana.

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Para isso são realizadas diversas atividades, especialmente nos componentes de Arte, Língua Portuguesa, História, Geografia e Ensino Religioso, com iniciativas que contemplam documentários, filmes, peças teatrais, rodas de conversa, palestras e construções de trabalhos artísticos. Nessa programação, portanto, surge a Semana Afro, cuja primeira edição ocorreu em 2023.

Conforme lembra Ana Paula, a ideia é sempre trazer algo novo a cada edição, para envolver a todos. “A temática pode ser diferente, mas sempre vai possibilitar esse aspecto fundamental que é uma educação antirracista. Muito mais do que implementar a legislação vigente, priorizamos esse olhar sensível para todas as culturas e também contra a discriminação em virtude da cor de pele.”

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Para todos

Entre os 530 estudantes da Escola Leonel Brizola, que atende do 1º ao 9º ano, Franciele Rabuske Bender, 14 anos, ressalta a importância da proposta. “As atividades estimulam a gente a ter um pensamento reflexivo e crítico sobre as situações vividas no cotidiano, no meio educacional, seja sobre o preconceito ou sobre a herança cultural desses povos, que pode ser encontrada em palavras, músicas e danças.”

A jovem ainda ressalta as possibilidades do projeto. “É uma atividade que estimula a todos. Com os mais pequenos, pode ser trabalhada de forma mais lúdica. Já os demais podem ser incentivados a consumir literatura e a realizar pesquisas sobre diversos assuntos. Assim podemos falar sobre o combate ao racismo e a valorização às culturas não só no Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, mas sempre”.

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