Dez dias após os vereadores do PT em Santa Cruz do Sul fecharem uma aliança com os partidos que compõem a base de apoio ao prefeito Telmo Kirst (PP), o diretório municipal da legenda tomou uma decisão que vai na direção contrária. Em reunião na noite de quarta-feira, a sigla definiu que seguirá na oposição.
Em uma nota emitida após a reunião, o partido “reafirma sua posição de oposição ao governo” e classifica como “um erro” e “unilateral” a negociação feita pelos vereadores Ari Thessing e Paulo Lersch com o grupo governista na Câmara. Pede ainda que os parlamentares mantenham “diálogo permanente” com as instâncias partidárias. Ao todo, 28 integrantes participaram da reunião. Thessing e Lersch, no entanto, não compareceram.
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Araújo também reconheceu que houve cobranças internamente quanto ao fato de a aliança na Câmara não ter sido previamente discutida no partido, mas alegou que a sigla vai respeitar a posição dos vereadores. Apesar disso, ele afirmou não ver com preocupação a cisão na sigla. “É um processo natural. Sempre vão existir pessoas que pensam diferente”, disse.
“Deveríamos ser prestigiados”, diz vereador
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Na mesma linha, Paulo Lersch, que foi eleito presidente pelo grupo governista, disse que respeita a posição do diretório, mas negou que isso crie algum constrangimento. “Continuo com a mesma posição. Fui eleito e tenho direito a tomar as minhas posições. Estou indo ao encontro da comunidade, que aprovou um governo com mais de dez mil votos de vantagem”, afirmou. Lersch disse que não foi à reunião porque estava em viagem.
Questionados sobre a eleição de março, ambos afirmaram que só vão se posicionar quando as chapas estiverem inscritas.
Thessing afirma que aliança foi boa para sigla
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Lersch diz que vai ao encontro da comunidade
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Embora inicialmente a ideia fosse formar uma chapa de consenso, a discussão pode levar a uma disputa, já que um grupo de membros antigos se mobiliza para formar uma frente cuja defesa será a permanência na oposição. No grupo estão, por exemplo, os ex-vereadores João Pedro Schmidt, Rejane Henn e Alberto Heck, além do professor Ângelo Luz e do próprio Renato Araújo.
Em outra frente, o brigadiano aposentado Gilberto Carlos da Silva se mobiliza para encabeçar uma chapa e pode ter apoio de Lersch e Thessing, Outros nomes, no entanto, ainda devem surgir até o fim deste mês.
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