Quem era o empresário morto durante assalto em Vera Cruz

“Ele estava sempre feliz”. É assim que a tia de Everton Schuh, Gladis Olbermann, define o sobrinho e afilhado, morto na tarde deste sábado, 13, durante um assalto na padaria da qual era proprietário, em Vera Cruz. “Quando ele não era o homem de negócios, sério, ele estava sempre sorrindo e cantando. Adorava cantar. Era desafinado, mas vivia cantarolando”, recorda a madrinha.

À frente do negócio da família, inaugurado há 30 anos, Gucho, como era conhecido em Vera Cruz, mantinha uma grande rede de amigos no município e em todos os lugares onde ia. “A vida dele era a padaria, ele se dedicava muito a isso e à gincana, além de ser um membro muito querido do CTG Candeeiro da Amizade”, lembra a amiga Régia Pessotti. Ainda abalada pela morte, como os demais amigos, Régia recorda as lembranças de quando Gucho foi padrinho de seu casamento, em dezembro do ano passado.

Intolerante com assaltos, diz madrinha

Gladis lembra que o sobrinho e afilhado nunca tolerou assaltos na padaria. “Ele não admitia ter que trabalhar para sustentar vagabundos”, disse. A madrinha conta que sempre aconselhava Gucho a não reagir aos crimes, que já aconteceram mais de uma vez na padaria. “Não vale a pena”, dizia. Para tristeza da família e amigos, Everton não seguiu o conselho da madrinha e acabou perseguindo o criminoso após o assalto neste sábado. Atingido por um tiro, ele deixa uma série de pessoas pelas quais era muito querido, além da esposa Letícia e das filhas, de 8 e 12 anos.

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Empreendimento tradicional

O estabelecimento foi fundado em 1988, em Vera Cruz. “Na época, o casal decidiu fixar moradia no município de Vera Cruz e trouxe os três filhos: Everton, Caroline e Luana. Everton, com o passar dos anos, vestiu a camisa, se uniu à paixão do pai e contribuiu para o crescimento e a expansão dos negócios. Tradição passada de pai para filho”, diz o site da padaria. Amigo de muitas pessoas em todo o município, Schuh era conhecido como Gucho.