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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Quota para honestos

A seis semanas da eleição municipal, temos 545 mil candidatos no mínimo. Vamos eleger 5.568 prefeitos e 57.931 vereadores e, de modo indireto, abriremos as portas das prefeituras para uns 60 mil secretários municipais e das câmaras para no mínimo 200 mil secretários de vereadores – gente que vai ser escolhida sem concurso, para cargos de confiança de assessoramento direto. Quase 148 milhões de eleitores podem nomeá-los pelo voto.

Para estimular mulheres e negros a entrar na política, leis os tratam de modo diferente, embora o primeiro artigo do capítulo dos direitos e garantias individuais da Constituição estabeleça, em cláusula pétrea, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. A cabeça dos jovens jornalistas deve estar confusa com os modismos ideológicos, pois o noticiário fala de “cotas de gêneros”. Ora, como somos todos do gênero humano, percebo que querem se referir às mulheres, que precisam ser 30% das candidaturas. 

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Se querem quotas, por que não assim: 90% das candidaturas têm que ser para pessoas (não importa a cor nem o sexo) honestas, de caráter, patriotas, com histórico de serviços à comunidade, cumpridoras da lei e da Constituição, altruístas e competentes. O partido responderia solidariamente pela candidatura que indicou, civil e criminalmente. Os restantes 10% de quota ficariam para os outros, a fim de que saibamos que eles existem e que têm voto, como as eleições têm demonstrado. Esses servirão para que nos acautelemos do mal, já que sendo do gênero humano, muitas vezes fazemos não o bem que queremos, mas o mal que não queremos – aproveitando Paulo (Romanos 7). Pois a diferença não está no sexo ou na pele, mas no que habita em cada um dos candidatos.

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