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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Recuo de Temer na Previdência é motivado por pressão de aliados nos redutos

A decisão do presidente Michel Temer em restringir a reforma da Previdência aos servidores federais teve como principal motivação as pressões sofridas pelos integrantes da base aliada em seus respectivos redutos eleitorais e a efetiva ameaça de não serem reeleitos no próximo ano. Diante desse quadro, lideranças da base do governo intensificaram, nas últimas semanas, o alerta junto ao Palácio e aos integrantes da equipe econômica dos riscos de uma derrota “acachapante” na votação da proposta no Congresso.

Nas conversas, os parlamentares ressaltaram que era muito mais confortável enfrentar em seus Estados os desgastes com os servidores federais, que em alguns casos, segundo cálculos de lideranças da base, representam apenas 5% dos servidores, do que ter as suas fotos colocadas em centenas de cartazes empunhados por médicos, professores, policiais civis, que estão sob o guarda-chuva do Estado e município.

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“Lógico que diminui a pressão. Com essa decisão vai facilitar a votação porque se diluir, se for pegar o número de servidor federal em todos os Estados, ele é mínimo”, afirmou o líder do PP, Arthur Lira (AL) que esteve presente ao lado de Temer, no momento do anúncio de terça. “A decisão do governo vai acelerar a discussão no Congresso. Aqueles que estão fazendo movimentos contra estavam presos nos sectarismos dos sindicatos, das centrais. Agora a briga deles é com os governos estaduais e municipais”, emendou.

Presente no anúncio de Temer, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), adotou inicialmente o discurso oficial, mas ressaltou que a decisão poderá ajudar a “despressurizar” as discussões nos redutos eleitorais dos deputados “É uma decisão acertada, a luz do respeito aos entes federados”, considerou. “Mas é natural que ao ter uma decisão como essa, você também tenha menos demandas de determinadas categorias em relação à reforma da Previdência”, emendou o líder.

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