Li, no fim de semana, que na França entrou em vigor lei que obriga a publicação de um aviso em fotos manipuladas por programas como o Photoshop, que corrige imperfeições. Essa exigência tem como alvo em especial imagens que mostram modelos magérrimas. Um dos objetivos é desestimular a bulimia, doença que atinge mulheres jovens que trabalham no mercado da moda e que mantêm uma silhueta esguia para permanecerem em atividade.
Ao ler a notícia lembrei a maioria das fotos postadas nas redes sociais. Em tom de ironia, costumo dizer que as pessoas do Facebook só viajam para lugares paradisíacos e comem em restaurantes de cinema onde consomem pratos lindos. E jamais estão tristes. Afinal, sorriso, biquinhos e trejeitos com cabelos – quase sempre loiros – são rodados de um lado para o outro para impressionar os leitores.
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As redes sociais permitem o contato com pessoas com similaridade de pensamento, o que é bom, e ruim. Bom porque se aumenta o círculo de amizades Mas também é ruim porque há pouca tolerância com aqueles que pensam de maneira diferente. Ao invés de fomentar a troca de ideias, a internet parece estimular a troca de ofensas, o que levou um amigo a fazer um comentário que já citei neste espaço.
– Parece que a internet tem o dom de multiplicar a quantidade de idiotas informatizados – afirmou ele. Ao que respondi:
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Com a chegada do fim de ano, as mensagens de saúde, alegrias e realizações se multiplicam. A maioria padece de um mínimo de criatividade, mas valem pela intenção de desejos de paz e momentos de confraternização com familiares e amigos.
No fim de semana as redes sociais evidenciarão os solitários. Eles têm, como consolo, a possibilidade de compartilharem mensagens com outros que não possuem familiares ou amigos para comemorar as noites de Natal e Ano-Novo. Neste caso podemos dizer que são redes verdadeiramente sociais.
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