Mesmo com reduções expressivas nos casos de dengue na região Sul do Brasil, a vigilância constante é essencial, pois a arbovirose continua sendo uma ameaça latente, especialmente em períodos de calor e chuva. Desta maneira, a mobilização de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, passa a ser fundamental, buscando reduzir os casos e garantir índices de mortalidade cada vez mais baixos.
LEIA TAMBÉM: Levantamento aponta maior risco de contaminação por Aedes aegypti em três bairros
Embora a temperatura da região Sul seja historicamente mais amena do que a do Norte do país, o acúmulo de água decorrente das fortes chuvas e enchentes, como as registradas recentemente no Rio Grande do Sul em 2024 e no Paraná, em 2025, criou condições favoráveis para a proliferação do Aedes aegypti. “A combinação de clima moderado com água parada facilitou a multiplicação do mosquito em uma área antes considerada menos vulnerável devido às temperaturas mais baixas”, explica o infectologista da Hapvida, Rafael Mialski.
Publicidade
Nesse contexto, estar atento aos principais sintomas que diferenciam a dengue de outras viroses comuns também é uma forma de combate. Segundo o infectologista, apesar de alguns quadros virais apresentarem sintomas como dor de garganta, tosse, espirros e nariz entupido, esses sinais não são característicos da dengue. “Ela causa principalmente uma dor no corpo muito intensa que, por vezes, pode lembrar a gripe Influenza, mas sem sintomas respiratórios”, reforça.
“O que mais se destaca é a dor de cabeça atrás dos olhos, a chamada dor retro-orbitária, um dos sinais mais típicos da dengue, além da vermelhidão no corpo, que geralmente não aparece nos resfriados comuns, e a febre alta, que é menos comum nas viroses mais leves”, completa o especialista.
LEIA TAMBÉM: Anvisa aprova registro de vacina 100% nacional contra dengue
Publicidade
O paciente deve procurar atendimento assim que surgirem os primeiros sintomas, para receber orientação adequada e realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças. O infectologista reforça que, após a reclassificação das formas graves da dengue, não é necessário, nem recomendado, esperar por sangramentos para buscar ajuda, já que esse é apenas um dos possíveis sinais de complicação. Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, desmaios e outros sintomas de alerta costumam surgir justamente quando a febre desaparece, criando uma falsa impressão de melhora. Por isso, esse é um momento crítico que exige atenção. Além disso, sangramentos espontâneos na gengiva, urina ou pele também indicam risco e devem levar o paciente a procurar assistência médica imediatamente.
A dengue é uma arbovirose, termo que depende de um vetor – neste caso, o mosquito. Portanto, todas as condições que favorecem a proliferação do Aedes aegypti aumentam a circulação do vírus. Locais com acúmulo de água parada, como vasos, piscinas, caixas-d’água e calhas, representam um risco elevado. Para se precaver, é recomendado tampar ralos e limpar calhas com frequência, tratar piscinas, colocar terra nos pratinhos de vaso e até mesmo redobrar a atenção para as plantas que podem acumular água. Além disso, repelentes, telas nas janelas, roupas com mangas e calças compridas reduzem drasticamente o risco de infecção, segundo Mialski.
LEIA TAMBÉM: Projeção indica 1,8 milhão de casos de dengue no Brasil em 2026
Publicidade
Dessa forma, conhecer os sintomas da dengue e identificá-la, tanto em suas formas leves quanto graves, tornou-se parte importante da rotina. Nesse cenário, a prevenção por meio do combate ao mosquito é a estratégia mais eficaz no enfrentamento da doença.
Em casos mais leves, o paciente pode recorrer a uma avaliação inicial por meio de teleconsulta. O atendimento traz comodidade e praticidade sem a necessidade de deslocamento. De acordo com as particularidades do quadro clínico, o manejo será orientado pelo médico responsável.
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Publicidade
QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!
This website uses cookies.