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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Relatos de sucesso para fornecer uma injeção de ânimo

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O parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo, recebeu ontem o 3º Seminário de Tendências e Oportunidades para a Horticultura. O evento foi promovido pelo programa Juntos para competir, uma parceria entre Farsul, Senar/RS e Sebrae/RS. O recado transmitido aos 300 participantes foi sintetizado na fala do agricultor Jorge Luis Mariani, presidente da Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi (Coopeg). Ele detalhou como conseguiu revolucionar a propriedade de quatro hectares por meio de conhecimento e tecnologia. Ao invés de apenas trabalhar na lavoura abaixo de sol forte, foi estudar para encontrar alternativas na crise e melhorar a qualidade de vida da família.

O vitivinicultor fatura R$ 500 mil por safra, com a produção de 70 toneladas de uva. Tudo graças ao pensamento agroecológico. Outro diferencial foi a abertura para o turismo rural, que agregou renda e ampliou a divulgação. A comunidade, que enxergava as novas práticas com desconfiança, aos poucos, percebeu que as novidades estavam gerando resultados.

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O consumo, aliás, foi destacado na palestra da doutora em agronegócios Márcia Dutra de Barcellos, do Centro de Estudos e Pesquisa em Administração (Cepa) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A pesquisadora mostrou um panorama global no consumo de alimentos. Os idosos, por exemplo, representam 11% da população ativa e 70% deles são independentes financeiramente. A preocupação com o envelhecimento estimula a adoção de hábitos saudáveis. O Brasil tem 15 milhões de veganos e vegetarianos, em um crescimento de 40% ao ano. “As pessoas querem coisas novas. Produtos de alta qualidade e procedência. É um momento único de valorização do que é do campo”, disse. “As grandes marcas estão explorando isso. As oportunidades estão surgindo, principalmente com produtos premium e gourmet. Quem produz deve explorar as potencialidades.”

Aposta que deu certo em Santa Cruz

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O próximo passo são auditorias, que estão sendo realizadas para que a produção tenha rastreabilidade. Ou seja, os consumidores poderão conferir todo o processo por um código de barras. “Estamos vendendo na Coopersanta e na Ceasa Regional. Também plantamos milho, para fazer silagem e alimentar o gado. Toda a família está envolvida no processo”, disse.

Recuperação nos hortifrutigranjeiros

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Ela aponta que, após 1,8% de queda na área plantada de frutíferas neste ano, em 2018 a tendência é de recuperação, com aumento de 1,4%. Para as hortaliças, a redução chegou a 5% em 2017. No ano que vem, a projeção é de cair 0,5%. O cenário é de recuperação do PIB, com um câmbio mantido em torno de R$ 3,00. “A crise foi positiva para o consumo de alimentos saudáveis. A cautela nos gastos faz com que as famílias façam mais comida em casa, comprem em feiras. Isso favorece a cadeia produtiva.” Mais projeções podem ser vistas no site hfbrasil.org.br.

Falta de dados atrapalha o planejamento

O agrônomo da Emater de Santa Cruz do Sul, Assilo Martins Corrêa Júnior, afirma que no município há 120 famílias que cultivam hortaliças, em uma áera de 350 hectares. Ele salienta, porém, que há poucos dados concretos para traçar um perfil do setor na região. Um dos motivos é a falta de emissão das notas fiscais por parte dos produtores. Outra peculiaridade é a desconfiança durante visitas de pesquisadores, como os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por ser uma atividade dinâmica, as mudanças acontecem a curto prazo e as informações ficam desatualizadas em pouco tempo. Esse fator prejudica incentivos do poder público, por exemplo, pela escassez de parâmetros.

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Assilo ressaltou que, na região, a maior parte das vendas acontece nas feiras rurais, em supermercados de pequeno porte ou na Ceasa Regional. As vendas online ainda são tímidas, iniciadas recentemente pela Coopersanta. O agrônomo sublinha que a busca por orientação é fundamental. “É importante produzir em um ambiente controlado para ter produto na época de melhor preço, utilizar insumos adequados, superar desafios como pragas e mão de obra deficiente”, observou. 

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