Rio Pardo perde o fotógrafo Edor Pedro Mealho

A comunidade de Rio Pardo lamentou na terça-feira, 9, a perda de Edor Pedro Mealho, um de seus fotógrafos mais emblemáticos. Edor, que faleceu na segunda-feira, 8, aos 77 anos, em Santa Cruz do Sul, no Hospital Ana Nery, era mais do que um cronista visual: ele era o guardião das memórias da Cidade Histórica. Os atos fúnebres foram ocorreram na Capela da Funerária Caminho da Paz, em Rio Pardo, com cremação no Crematório Regional de Venâncio Aires, também na terça.

Nascido em Santa Cruz em 29 de junho de 1948, Edor levou algum tempo para atuar na fotografia. Inicialmente protético, ele “caiu de para-quedas” em Rio Pardo em 1969 para ajudar a expandir o estúdio Adivosul, fundado por seu irmão, Divo Mealho. Com a morte precoce de Divo em 1976, Edor assumiu o estúdio e, gradualmente, tornou-se uma referência, introduzindo a fotografia colorida na região no ano seguinte.

Com o empreendimento, Edor transformou momentos do cotidiano local, de casamentos a eventos sociais, em parte da memória coletiva da cidade. Mesmo com as evoluções da era digital, o fotógrafo, que viajava o mundo para aprimorar sua arte em workshops nos Estados Unidos, Suíça e Alemanha, manteve-se aficionado pela tecnologia, adaptando-se sem perder o toque artesanal de quem começou com filmes e o risco de só ver o resultado após a revelação.

RELEMBRE: 103,5: especial da Rádio Rio Pardo homenageia personagens da região

“Aquele instante que tu fotografa, tem que afinar o olho e dar o clique. Tu nunca mais vai conseguir fazer a foto daquele momento. Pode ficar parecido, mas igual não. Cada fotografia é única”, disse, em reportagem sobre a sua trajetória no jornal especial da Rádio Rio Pardo 103,5 FM, de julho de 2022.

O trabalho lhe rendeu reconhecimento, como as menções honrosas no Concurso Fotográfico Nacional sobre aleitamento materno em 1982. Estima-se que Edor tenha acumulado mais de 6 milhões de fotogramas ao longo de sua carreira de mais de 50 anos, material que continua sob a guarda da família.

Edor deixa a esposa Ivanir Mealho, os filhos Fernando, Gabrielle, Klaus, Emelline e Armin, netos e uma legião de amigos e admiradores de seu olhar sensível e carismático.

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