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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Rio Pardo recria rotas de turismo para driblar efeito da pandemia

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Agora em grupos reduzidos, turistas aproveitam as belas paisagens do interior, inclusive com percursos de barco pelo Rio Jacuí

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“Navegar é preciso, viver não é preciso”, diz o poeta português Fernando Pessoa em uma de suas poesias mais conhecidas. O escritor se refere à necessidade de conhecer novos locais e fazer novos caminhos. Quem viaja, vive. Em 2020, porém, a vida como as pessoas a conheceram mudou. O turismo em todo o mundo foi afetado pela pandemia do novo coronavírus. Milhões de pessoas foram afetadas, viagens acabaram canceladas para diminuir a taxa de contaminação entre países e regiões, e o turismo sofreu um duro golpe em seus negócios em nível global.

No Brasil, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turis mo (CNC), desde o início da pandemia até junho deste ano, o setor deixou de arrecadar quase R$ 90 bilhões e demitiu mais de 700 mil pessoas. Esse cenário exige novas ideias e ações daqueles que vivem do turismo, e no Vale do Rio Pardo não é diferente.

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A secretária municipal de Turismo, Aida Ferreira, explica que os principais pontos turísticos reabriram há pouco tempo. O Centro Regional de Cultura Rio Pardo, por exemplo, reiniciou o atendimento ao público no dia 9 de setembro. “Estamos mantendo todos os cuidados que a Secretaria Estadual de Saúde pede, limitando o número de pessoas, incentivando o uso de máscaras e álcool em gel”, afirma.

Novas formas
A secretária de Turismo de Rio Pardo, Aida Ferreira, lamentou o período de pandemia e a ausência do público nos locais tradicionais de visitação da Cidade Histórica. Porém, ressaltou que o município encontrou uma nova forma de se comunicar com as pessoas e divulgar as belezas de Rio Pardo. O Centro Regional de Cultura, por exemplo, atraía entre 20 e 30 mil visitantes por ano. Agora, apesar de não ser possível se conectar com os turistas presencialmente, Aida comemora o fato de as transmissões em vídeo, uma alternativa de comunicação durante a pandemia, terem alcançado um número significativo de pessoas.

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Alternativa é combinar beleza das paisagens do interior com a aventura das bikes

Um recomeço com novas opções de passeios
Para o empresário do turismo Flávio Augusto Wunderlich, o “Guto”, a pandemia por pouco não representou o fim de seu negócio. “Só não falimos porque não tínhamos que pagar aluguel e grandes contas, mas o negócio zerou.” Segundo ele, que comanda a Agência Rio Pardo Turismo há 15 anos, em conjunto com sua sócia Carolina Fantinel, antes do coronavírus a agência atendia até 500 clientes por mês. Atualmente é um interessado por semana.

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“Eu tenho levado o pessoal para pedalar, pela estrada ou pelas trilhas na beira do rio. Fazemos trajetos da Estação Férrea até a Praia dos Ingazeiros. Na beira do rio são trilhas menores, entre cinco e 12 quilômetros. No interior, pedalando, varia de 15, 50 ou até 80 quilômetros.”

Para manter os cuidados durante a pandemia de Covid-19, Flávio mantém grupos reduzidos, de até quatro pessoas. Caso o número de interessados seja maior, é possível dividir os turistas em mais grupos, para manter os cuidados e evitar a transmissão do vírus. “Eu aproveitei para deixar de ser sedentário”, confessou o empresário, falando sobre os roteiros que incluem pedaladas, remadas e caminhadas. “Nada que exija que o participante seja um atleta”, reforçou.

Ele lembrou também que as modificações no atendimento ao público são como uma espécie de “volta às origens”. No início de sua caminhada como empresário do ramo turístico, as rotas pelas belezas do interior eram mais comuns. “Há 15 anos tínhamos menos movimento, a gente fazia esses passeios de canoa e trilhas. Devido à pandemia, reativamos esses passeios.”

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