ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Risco populista

Na edição de 20 de setembro, tratei do risco populista nas próximas eleições presidenciais haja vista o perfil da maioria dos prováveis candidatos e das atuais circunstâncias sociopolíticas.

Houve um tempo em que o principal “inimigo” das democracias ocidentais era o comunismo. Mas com a queda do Muro de Berlim e a rápida decomposição do antigo império soviético, aliados à conversão descarada da China ao capitalismo (ainda que sob uma ditadura do partido único e controle da mídia), esse inimigo não existe mais. 

ads6 Advertising

Publicidade

Então, resta atual e emergente o risco populista. E não apenas nos países pobres e em desenvolvimento. Mesmo nas modernas e ricas democracias é atual e persistente. E de variadas motivações. 

Ora o persistente desemprego (que veio para ficar!), ora a emergente xenofobia (uma reação a um problema complexo e dramático. Desconfio que também seja um problema que veio para ficar). 

ads7 Advertising

Publicidade

A identidade mais apropriada do populismo é a irresponsabilidade fiscal, financeira e econômica. Apostam riquezas e virtudes nacionais em troca do sucesso efêmero, comprometendo o futuro e a estabilidade nacional.

Como identificar o governante populista? Discurso nacionalista e estatizante, frequente manipulação de preços de mercado, ataque à liberdade de imprensa e generosos aumentos salariais.

ads8 Advertising

Publicidade

O escritor peruano (e prêmio Nobel de Literatura) Vargas Llosa (1936) fez um ótimo resumo sobre o populismo: “Uma das maiores dificuldades para combatê-lo é que apela aos instintos mais puros dos seres humanos: o espírito tribal, a desconfiança e o medo do outro – seja de raça, língua ou religião diferente –, além da xenofobia, do patriotismo exagerado, da ignorância”. 

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta