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Rocha guardava fóssil de 225 milhões de anos em Candelária

Mais um fragmento da história dos animais que habitaram a região há milhões de anos foi encontrado em Candelária no início deste mês. Descoberto em Linha Bernardino, o bloco contendo entre 30 e 40 centímetros de exposição óssea foi retirado do local no último sábado e encaminhado ao Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, de onde será levado para o Laboratório de Paleontologia de Vertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

“O pequeno osso que foi retirado aparentou ser compatível com a área de réptil, podendo até ser de dinossauro”, explicou o curador do Museu, Carlos Nunes Rodrigues. Para confirmar a espécie do animal, a peça ainda precisa ser limpa e estudada por especialistas da Ufrgs, o que só deve acontecer no ano que vem. A data da rocha, contudo, já gera expectativas. “É um material datado do andar carniano, há 225 milhões de anos, um período muito procurado porque nessa época os dinossauros estavam se constituindo. Como não há nenhum elemento que mostre se tratar de algo conhecido, estamos bem otimistas ”, detalhou. Dentre os fósseis de diferentes períodos, os de dinossauros estão entre os mais raros. 

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Além de Rodrigues, trabalharam na descoberta da peça Belarmino Steffanello, do museu, e os doutores em paleontologia da Ufrgs Cesar Leandro Schultz e Agustin Martinelli, bem como outros três alunos da universidade. Próximo passo, a limpeza e análise completa da peça podem demorar até um ano para conclusão, conforme Rodrigues. 

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“Depende se houver algum aluno que quiser fazer tese sobre o achado ou se vai ser apenas a limpeza e estudo padrão”, disse. Além do novo bloco, outros materiais encontrados no município estão na fila de espera do laboratório, como um achado de Linha Facão. Outras estão há cinco anos sendo estudados pela Universidade de São Paulo (USP). Após a conclusão das análises, as peças serão devolvidas ao município e ficarão em exposição no museu local. 

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