Foto: Claudine Friedrich
Os pavilhões do Parque da Oktoberfest receberam, entre sexta-feira e domingo, 5 e 7 de dezembro, a 1ª edição do Salão Gaúcho de Artesanato, Agricultura Familiar, Cultura e Economia Criativa. O evento, inédito no município, celebrou o talento, a tradição e a diversidade da produção gaúcha, reunindo 265 expositores de Santa Cruz do Sul e de diferentes regiões do Estado.
Idealizado para valorizar o trabalho de artesãos, produtores da agricultura familiar e empreendedores da cultura e da economia criativa, o Salão ocupou integralmente o Centro de eventos e o Pavilhão 2, que se transformaram em um grande vitrine do fazer manual gaúcho, com arte, sabor e identidade local. A realização foi conjunta da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, governo do Estado, Emater/RS-Ascar, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), com organização da Associação Tradicionalista Santacruzense (ATS).
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Além da comercialização de produtos, a programação contou com uma série de atrações culturais. A abertura musical, na sexta-feira, 5, ficou por conta da Banda Kayana, seguida de show com Serginho Moah. No sábado, 6, o público acompanhou apresentações de Bako Lopes e Wilson Paim. Já no domingo, 7, subiram ao palco Marcello Caminha, Thiago Porto e Banda, e ainda Os Fagundes, que fizeram o grande show de encerramento do evento.
Embora a iniciativa tenha sido bem avaliada, o forte calor do final de semana impactou diretamente a movimentação nos pavilhões. As temperaturas elevadas, que chegaram a 35 graus, resultaram em uma presença de público menor que a esperada.
A subsecretária de Cultura, Zoraia Pereira, explica que a equipe acompanhou de perto os expositores ao longo dos três dias. Segundo ela, alguns registraram boas vendas, outros tiveram resultados mais modestos, mas todos relataram que o calor intenso influenciou o fluxo de visitantes.
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“Ao longo do Salão, conversamos individualmente com os expositores. Alguns tiveram boas vendas, outros nem tanto, mas todos mencionaram que as altas temperaturas influenciaram o movimento. Ainda assim, ficamos satisfeitos ao perceber que uma parte significativa dos expositores de alimentos, como queijos, salames e cucas, registrou resultados positivos, o que nos tranquiliza, pois havia uma preocupação natural com possíveis perdas de produtos devido ao calor”, relatou Zoraia.
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A subsecretária ressalta que esta primeira edição foi encarada como um laboratório, permitindo identificar melhorias para os próximos anos. Conforme ela, a baixa adesão de público esteve ligada, principalmente, ao calor atípico, que também afetou outros eventos na cidade. Em razão disso, a Prefeitura já estuda alterar o período de realização do Salão.
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Zoraia explicou que a equipe pretende evitar o início de dezembro nas próximas edições, buscando garantir mais conforto ao público e aos expositores. Também estão em avaliação ajustes na estrutura, como a possibilidade de reunir artesanato e agroindústria em um único pavilhão. Apesar dos desafios, ela reforça que a feira demonstrou grande diversidade e potencial: “Tivemos uma feira diversa, com grande variedade de produtos e muitas oportunidades para o público”.
Mesmo com menor circulação de público, os expositores destacaram o formato inovador e a oportunidade de divulgação e geração de renda.
Luiz Fernando da Rocha, de Lajeado, que trabalha com reutilização de garrafas de vidro, reaproveitamento de madeira e peças em macramê — e que perdeu sua loja física na enchente — relata que as feiras são hoje a principal fonte de renda de sua família. Ele elogiou o modelo adotado em Santa Cruz do Sul: “Achei fantástica essa iniciativa. O formato desenvolvido é o melhor que já vi até agora, pelo menos nos últimos 10 anos. Essa mescla de agroindústria e artesanato no mesmo espaço ficou muito bom. Pela diversificação dos produtos, um segmento ajuda o outro. As atividades se complementam. Gostaria que acontecesse mais vezes nesse formato”.
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Para Rosani dos Santos, estilista de Novo Hamburgo, da marca Bolsaria, a participação na feira marcou uma importante oportunidade de ampliar a visibilidade do seu trabalho, especialmente no ambiente digital. Atuando principalmente com vendas online, ela apresentou pela primeira vez em uma feira sua coleção de cintos estilo faixa corset produzidos em tecidos especiais e couro em seu ateliê. “Estou vendo a feira como uma possibilidade de aumentar a divulgação das peças, chamando os clientes para nos conhecerem no digital”.
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Silvia dos Santos e Nelson Azeredo, de Santa Cruz do Sul, que trabalham com velas aromáticas e perfumes para ambientes com a marca Aroma Santo, também avaliaram positivamente a realização. Eles têm participado regularmente de feiras promovidas pelo Município e elogiaram a proposta: “Ótima iniciativa. Esta atual gestão da prefeitura está com olhar muito grande para o empreendedor que não tem loja física. Então estamos tendo muita oportunidade de mostrar nosso trabalho”.
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No fim da tarde de domingo, 7, antes do início do show de Os Fagundes, foram anunciadas as vencedoras do Concurso de Presépios Arte que Nasce — iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura que busca valorizar a tradição natalina, incentivar a arte local e envolver a comunidade na preservação de expressões culturais típicas desta época do ano.
Vencedoras:
Menção Honrosa:
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