O mercado de trabalho está aquecido no Brasil. Os primeiros sete meses do ano apresentaram números positivos e apontaram um novo problema: a falta de mão de obra. Uma das opções dos contratantes é o grande número de migrantes internacionais que têm chegado ao País. No Rio Grande do Sul, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que 2025 superou em 20% os empregos formais de 2024.
Foram abertos no período 51.038 postos de trabalho, a maior parte ocupada por venezuelanos – eles representam 55% dos vínculos, somando 28.158. Já os haitianos chegam a 7.075. De acordo com o diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)/Sine, José Scorsato, tem aumentado o número de pessoas vindas de outros países da América do Sul, como Argentina (9%), Uruguai (6%) e Paraguai (3%).
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Scorsato afirmou, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, que o predomínio é de vagas na indústria, em especial nos frigoríficos. Isso explica o bom desempenho de municípios como Passo Fundo, Marau, Lajeado e Sananduva. Caxias do Sul lidera, com 1.180.
No Vale do Rio Pardo, o melhor desempenho é registrado em Venâncio Aires, com saldo de 189 nos primeiros sete meses. Santa Cruz do Sul está na contramão dos números estaduais, tendo admitido 85 migrantes e demitido 90.
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Ao todo, de janeiro a julho deste ano, foram admitidos 41.363 e desligados 32.962 migrantes no Rio Grande do Sul. O Estado tinha o terceiro maior saldo de movimentações de migrantes internacionais no mercado formal, com 8.401 postos, ficando atrás apenas do Paraná (13.091) e de Santa Catarina (12.344).
Entre os municípios da região acompanhados mensalmente pela Gazeta do Sul, quando o assunto é geração de empregos, Venâncio Aires é o que mais se destaca na criação de oportunidades de trabalho formal para os migrantes.
A indústria venâncio-airense puxa os números para cima. Foram contabilizados 139 contratos entre janeiro e julho. Comércio, com 45, e serviços, com seis, também tiveram resultados positivos. A construção civil fechou uma vaga. O município tem programa voltado para a inserção comunitária dos migrantes, com orientação sobre a língua e as oportunidades de trabalho disponibilizadas.
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