A dengue preocupa em Santa Cruz do Sul. Os casos aumentam neste início de abril e exigem cuidados redobrado dos moradores. De acordo com o coordenador do setor de Endemias da Vigilância Sanitária, Rudiberto Berlt, são 90 casos registrados. No dia 30 de março, eram 51. Os bairros mais afetados são Centro, Arroio Grande, Ana Nery e Senai.
O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), um indicativo sobre o risco de transmissão da dengue, zika e chikungunya, deixou de ser realizado por conta das restrições da pandemia, o que impossibilita as visitas domiciliares dos agentes de combate. Porém, a Vigilância Sanitária tem orientado os moradores sobre os procedimentos para eliminar os criadouros.
A aposentada Beloni Gasparotto acredita que falta conscientização de alguns moradores. Ela reside na Rua João Martim Buff, no Bairro Senai, um dos três de maior incidência. “Temos casos de piscinas com água parada e terrenos com materiais que podem acumular água. A fiscalização deveria ser mais efetiva”, afirma. Segundo Beloni, cavalos mantidos em áreas nos arredores também são um problema por atraírem mosquitos e ainda pelo mau cheiro. Ela mantém o uso constante de inseticidas nos cômodos e espalha repelente no corpo para se prevenir das picadas.
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Somente na Martim Buff, duas pessoas foram hospitalizadas com dengue hemorrágica, a forma grave da doença. Beloni conhece outras pessoas da rua que tiveram sintomas leves.
O casal Hilton e Maria Frantz mantém um cuidado constante. Com um pátio extenso, Hilton verifica todos os pontos para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Maria dedica-se aos vasos de plantas com o intuito de evitar o acúmulo de água. “Cada um deve fazer a sua parte. E a fiscalização precisa visitar todas as casas e terrenos, mesmo que não tenha alguém morando. Do contrário, vai ser impossível terminar com a dengue em Santa Cruz”, aponta Hilton.