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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Saques de contas inativas do FGTS injetam R$ 7,2 bilhões no varejo

Os recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) fechadas até dezembro de 2015, sacados após medida de estímulo do governo Michel Temer, provocaram, em março e abril, um impacto positivo de R$ 7,2 bilhões nas vendas do comércio varejista brasileiro, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta sexta-feira, 23.

O valor injetado no varejo corresponde a 43% do montante sacado, que somou R$ 16,6 bilhões, segundo a CNC informou, conforme dados da Caixa Econômica Federal. O valor corresponde ainda a 6,2% das vendas nos segmentos do varejo impactados, mostra o levantamento.

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De acordo com a CNC, três segmentos do varejo – do total de sete impactados positivamente – concentraram o uso dos recursos sacados: vestuário e calçados (R$ 2,9 bilhões), hiper e supermercados (R$ 2 bilhões) e móveis e eletrodomésticos (R$ 802,5 milhões). Os três segmentos responderam por 80% do valor direcionado ao varejo.

O estudo correlaciona o efeito da injeção de recurso com o desempenho geral dos segmentos do varejo. O ramo de vestuário e calçados, por exemplo, teve altas nas vendas de 11,6% e 10,7%, respectivamente, em março e abril, ante iguais meses de 2016. “Esse ritmo de vendas não era percebido por esse ramo do varejo desde os primeiros meses de 2010 (+11,9%)”, diz a nota divulgada pela CNC.

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Em nota, o economista da CNC Fabio Bentes pondera que, apesar do efeito positivo dos saques do FGTS, “a recuperação parcial do varejo ao longo do ano se insere em um quadro mais amplo de desaceleração dos preços e melhoria nas condições de crédito”. Além disso, “a consolidação do setor como um todo depende do crescimento geral da atividade econômica e seus reflexos positivos sobre as condições do mercado de trabalho”.

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