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Sarney se despede do Senado após 59 anos de vida pública

Após 59 anos de vida pública, o senador José Sarney (PMDB-AP), 84, fez nesta quinta-feira, 18, seu discurso de despedida do Congresso. Com a mais longeva carreira da política brasileira, Sarney não terá mandato a partir de 2015 porque decidiu não disputar as eleições de outubro. No último discurso no Legislativo, o peemedebista fez duras críticas ao sistema político brasileiro e defendeu mudanças nas regras das empresas estatais para evitar ações de corrupção como as que atingiram a Petrobras.
Sarney disse que as denúncias que envolvem a estatal “envergonham” o país e prometeu reapresentar projeto, de sua autoria, que cria um estatuto para as estatais.

“Eu vou deixar como última presença minha no Legislativo esse projeto. Se tivesse sido feito, nós não teríamos esse problema que estamos tendo e lamentando, e de certo modo está envergonhando o Brasil, que é o problema da Petrobras.” Ao defender uma ampla reforma política que inclui o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, Sarney disse que seu principal “erro” foi ter permanecido na vida pública após deixar a Presidência da República. “Penso que é preciso proibir que os ex-presidentes ocupem qualquer cargo público, mesmo que seja eletivo. Foi um erro que cometi ter voltado.”

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Presidente da República que assumiu o cargo na transição entre a ditadura militar (1964-1985) e os governos democráticos, Sarney foi deputado federal, senador e governador do Maranhão. Assumiu o comando do país por ser vice de Tancredo Neves, que morreu na véspera de tomar posse, em 1985. Em seu governo, implantou o Plano Cruzado e viu o país ser dominado pela inflação crescente. Entregou o governo com a economia desestruturada, mas é reconhecido como um dos fiadores da estabilização política do país.

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