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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Semana Nacional de Educação Financeira

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No período de 20 a 26 de maio, será realizada a 6ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira. Criada em 2014, pelo Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF, visa promover ações  gratuitas de educação financeira no país. Na semana, ocorrem diversas ações educacionais gratuitas, com o objetivo de disseminar a educação financeira, previdenciárias e de seguros, além de contribuir para o fortalecimento da cidadania e autonomia.  Na 1ª edição, ocorrida em 2014, aconteceram mais de 170 eventos, presenciais ou online, em 21 cidades de 17 estados brasileiros e DF. No ano passado, foram quase 7 mil eventos, com a participação de 1.134 cidades, distribuídas em 26 estados e DF. Como disse Maurício Moura, Diretor do Banco Central do Brasil, “A Semana ENEF consolida-se a cada ano como um grande evento disseminador da Educação Financeira no Brasil, na medida em que instituições públicas e privadas se mobilizam em torno do objetivo comum de promover o letramento financeiro de nossa população”.

Quando se compara as atuais discussões, publicações, iniciativas empresariais e eventos de tudo que é espécie sobre educação financeira,  percebe-se o quanto tem crescido em relação a 20 ou até 10 anos atrás. Para os adultos de hoje que viveram a época da hiperinflação entre os anos de 1985 e 1994, falar sobre educação financeira  pode parecer algo novo, pois naquela época esse tema se resumia basicamente a proteger o dinheiro da inflação ou pelo menos perder menos.  Durante aqueles anos, sobretudo  o assalariado, ao receber  o seu pagamento tratava de, no mesmo dia,  ir ao  supermercado para  fazer o rancho do mês, ou seja, comprar o que fosse possível naquele dia, pois no dia seguinte os preços já tinham subido mais um pouco. O dinheiro  a cada dia comprava menos. As pessoas com maior disponibilidade financeira e acesso ao sistema bancário, utilizavam o benefício da conta corrente remunerada, o que permitia ter alguma correção,  com perda menor para inflação.

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Com a estabilização da economia, vencido o problema crônico da inflação, começaram a surgir outras dificuldades  relacionadas com a vida financeira das pessoas. As facilidades de crédito permitiram às pessoas realizar desejos de uma vida inteira, como a aquisição de eletrodomésticos, carros e casa própria, levando-as ao endividamento. Do endividamento  à inadimplência – não conseguir mais pagar as dívidas – foi um pulo. No mês passado, de acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) o percentual de famílias brasileiras com dívidas, em atraso ou não, chegou a 62,7%; 9,5% das famílias que não tem condições de pagar suas dívidas ou contas em atraso.

 Vendo as pessoas perdidas em suas contas, apareceram os primeiros especialistas, falando em  Finanças Pessoais. O  objetivo é controlar o dinheiro e seu movimento, ensinando  técnicas de pesquisa de preços,  alguns cálculos, elaboração de um orçamento pessoal ou doméstico.

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Da junção de Finanças Pessoais e Finanças Comportamentais evoluiu-se para a expressão de Educação Financeira. Mas, Reinaldo Domingos, educador financeiro e criador da DSOP Educação Financeira, entre outras atividades, entendia que, embora Educação Financeira abrangesse  técnicas de Finanças Pessoais e teorias de Finanças Comportamentais, ainda se restringia a analisar o comportamento de números. Faltava incluir, como seres humanos que somos,  propósitos  e sonhos. Com experiência de mais de 50 anos, vivenciada e consolidada por meio do reconhecimento acadêmico em seu mestrado, doutorado e pós-doutorado, Reinaldo, com base na metodologia DSOP, definiu o conceito da Educação Financeira como “uma ciência humana que busca autonomia financeira, fundamentada por uma metodologia baseada no comportamento, objetivando a construção de um modelo mental que promova a sustentabilidade, crie hábitos saudáveis e proporcione o equilíbrio entre o SER, o FAZER e o TER, com escolhas conscientes para a realização de sonhos”. Na prática, muitas vezes, as pessoas misturam essa relação, fazendo verdadeiros malabarismos financeiros para ter algum objeto e, assim, parecerem  o  que, na realidade,  não são.

Educação financeira também se aprende ou seria aquele tipo de conhecimento ou habilidade que alguns tem, outros não? Todos podem aprender a administrar bem o seu dinheiro. O passo fundamental é conscientizar-se de que isso é possível e, em muitos casos, necessário. Muitas vezes, exige uma mudança pessoal que, como em qualquer área da vida, é um desafio. Olhar a situação com clareza, maturidade e decidir construir dias mais tranquilos e saudáveis são atitudes que podem ajudar a vencer esse desafio. Não é preciso dedicar muito tempo para cuidar das finanças. Ricardo Hiraki Maila, pós-graduado em gestão financeira pela FGV, diz que, no primeiro ano, não são necessárias mais de duas horas por mês; depois desse tempo, 1 hora por mês é suficiente. É preciso criar um planejamento, uma rotina e disciplina para não desistir nem deixar levar pela emoção.

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