O imigrante senegalês que teve parte do corpo queimada após um assalto na manhã de sábado, em Santa Maria, também passou por dificuldades no começo deste mês em Santa Cruz do Sul. Cheikh Oumar Foutyou Diba, de 25 anos, está há cerca de meio ano no Brasil e já passou por diversas cidades do Estado procurando emprego. Seu sonho de ganhar dinheiro para ajudar a família no Senegal, no entanto, não vem sendo muito fácil. Três pessoas o assaltaram e colocaram fogo no colchão onde ele dormia, na área central de Santa Maria, no amanhecer desse sábado. Antes disso, segundo a monitora social santa-cruzense Beatriz Elena Funck Rosauro, ele também já havia sido roubado em Santa Cruz.
Beatriz conta que Diba chegou na cidade em 31 de agosto e acabou dormindo na rua, nas proximidades do Ginásio Poliesportivo. Na manhã do dia 1º de setembro, ele foi encontrado por um senhor que o encaminhou até o albergue municipal. “Ele estava muito cansado e passando fome e frio. No albergue foi alimentado, tomou um banho e dormiu cerca de 18 horas seguidas”, relembra a monitora social. No outro dia, contou para Beatriz que havia sido assaltado logo ao chegar em Santa Cruz e que levaram suas roupas e seu dinheiro. Diba ainda relatou que passara cinco meses em Porto Alegre procurando emprego, sem sucesso algum, e veio para Santa Cruz na esperança de conseguir trabalho. “Logo no primeiro dia, levamos ele ao Sine para legalizar sua situação no País. Ele também recebeu uma recomendação de emprego e foi a uma entrevista, mas não conseguiu a vaga.”
O senegalês passou três dias no albergue municipal, onde fez amigos e, segundo a monitora, demonstrou ser uma pessoa muito querida e trabalhadora. “Ele queria muito ajudar. Estávamos arrumando o jardim, e ele recolheu pedras e plantou uma árvore por conta própria. Fiquei muito triste ao ver seu nome nessa notícia de Santa Maria”, lamenta. No dia 3 de setembro, Diba decidiu ir embora. Contou a Beatriz que um amigo garantiu que ele teria emprego em Lajeado. A monitora conseguiu um auxílio-passagem e até dinheiro para que ele não tivesse dificuldades em encontrar o companheiro na cidade do Vale do Taquari.
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Diba plantou uma árvore enquanto estava no albergue de Santa Cruz
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