Os grandes compartimentos verdes já fazem parte da paisagem da área central de Santa Cruz do Sul. Depois de um período de adequação, com algumas queixas quanto à disposição dos equipamentos nas ruas, ou mesmo em relação ao cheiro, os contêineres estão perto de completar um ano de funcionamento no município. Conforme levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, no entanto, o que já é hábito para alguns segue sendo uma prática equivocada, nociva ao planeta e danosa ao próprio bolso das dezenas de milhares de cidadãos que pagam a taxa de coleta de lixo anualmente juntamente com o IPTU.
A lógica é simples – e perversa. Quando uma pessoa coloca o resíduo reciclável – como caixas de papelão ou garrafas de vidro, por exemplo – dentro do contêiner, além de contaminar esse material, pode aumentar o peso da carga que é encaminhada para o aterro sanitário em Minas do Leão. “O pagamento pelos resíduos enviados ao aterro é feito por quilo. Quanto mais material é considerado rejeito, mais a Prefeitura gasta. E o dinheiro para isso vem dos impostos que o cidadão paga anualmente”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Raul Fritsch.
Por si só o fato já é grave. Mas piora. Ao não permitir que os associados da Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) recolham os resíduos, o cidadão diminui a demanda e, consequentemente, a renda desses trabalhadores que vivem no município. “Os catadores daqui pagam impostos e compram nos estabelecimentos locais. Além de afetar o meio ambiente, prejudica-se até a nossa própria economia”, acrescenta Fritsch.
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