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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Serenidade

Passado o pleito em seu primeiro turno, nota-se que há um misto de sentimentos. Não poderia ser diferente. Foram seis votos dados em um único dia permeados de muita tensão, boataria e paixões exacerbadas que sempre marcam a disputa eleitoral. Este ano, porém, a radicalização passou dos limites por vários motivos que não cabe aqui analisar.
Na maioria dos municípios – principalmente nos menores – a vida volta à normalidade. Desafetos temporários, afastados pela disputa eleitoral, voltam a se reencontrar na padaria, no supermercado, na quadra de futebol.

Óbvio que haverá um constrangimento que faz parte do retorno à rotina. Gradualmente volta-se ao equilíbrio que deve marcar o comportamento de pessoas sensatas que vivem em comunidade, acostumadas à convivência. É normal que muitos levarão adiante o antagonismo protagonizado pela continuidade da guerra do segundo turno, que promete muita tensão.

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Simpatizantes de ambos os lados em luta têm argumentos que consideram justificativas para estimular a beligerância. Antigos rancores, ressentimentos mal aparados e mal-entendidos são combustível perigoso de fomento à intolerância. O Brasil, que superou a ditadura, depôs dois presidentes da república e soube fazer a travessia dos efeitos da Operação Lava Jato, precisa de equilíbrio para seguir adiante.

A democracia é uma planta jovem, ainda frágil. Precisa ser nutrida com tolerância, paciência e sucessivas eleições. O voto é um exercício sazonal, arma eficiente para renovar procurações ou substituir representantes que frustram nossas expectativas. O mandato é uma outorga para nos representar, lutar por nossos interesses, trabalhar com base em princípios que compartilhamos.

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