Depois de 14 anos à frente da 16ª Delegacia de Polícia Regional (DPR) de Santa Cruz do Sul e de 33 anos de atuação na Polícia Civil do Estado, Julci Severo transmitirá o cargo para o atual titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), Luciano Menezes. A cerimônia de posse está marcada para o dia 17 de novembro. A saída de Severo ocorre em função de sua aposentadoria.
Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 4, o delegado regional atribuiu à sua gestão o avanço nos equipamentos da Polícia Civil. Para ele, a situação da região está muito melhor em comparação a outros locais do Estado.
Severo também reconheceu o aumento da criminalidade no Vale do Rio Pardo, mas relacionou o problema com questões políticas do País. “As coisas estão em patamares muito difíceis e a tendência é de que isso cresça porque não estão sendo tomadas providências em nível nacional para que mude”, afirmou.
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Ainda segundo o delegado, a entrada para o crime ocorre devido à situação financeira. “Quando o ser humano não consegue seu sustento de forma legal, ele acaba entrando no crime”, explicou. A solução a longo prazo estaria em investimentos na educação. “A curto prazo, deve-se acabar com a impunidade através de leis modernas, fortes e aplicáveis para que o judiciário possa condenar e o sujeito responder pelo crime”, completou Severo.
Trajetória
Depois de 33 anos de dedicação e uma trajetória exemplar na região, o atual chefe da 16ª Delegacia de Polícia Regional (DPR) de Santa Cruz do Sul decidiu que era a hora de parar. “A roda do tempo não para. Saio feliz da vida. São 33 anos na polícia, mas 41 trabalhando. É a hora de deixar as cabeças mais novas trabalharem”, salientou Severo ao confirmar à Gazeta do Sul que está se aposentando do serviço público.
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Das três décadas na Polícia Civil, uma e meia ele dedicou ao trabalho frente à 16ª DPR, posição importante no meio policial. Foram 14 anos de coordenação das delegacias, que começaram no dia 12 de março de 2001 e terminaram em 31 de agosto último.
Entre idas e vindas pelo Estado, Severo atuou a maior parte do tempo de sua carreira no Vale do Rio Pardo. Trabalhou em Sobradinho, Arroio do Tigre e Santa Cruz. Esteve também em São Sepé, na região de Santa Maria. “Foi uma ótima experiência. A região de Santa Cruz foi muito acolhedora e tenho certeza que fizemos um trabalho sério. Aqui a população ajuda, o poder público ajuda, é muito bom de trabalhar”, afirma.
Descanso e missão na doutrina espírita
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Voz ativa na Sociedade Espírita Francisco Cândido Xavier, localizada na Rua Carlos Baumhardt, no Arroio Grande, Julci Severo participa de grupos de estudo e ministra palestras no local. Agora aposentado e prestes a completar 57 anos, ele pretende se dedicar totalmente à doutrina.
“Tenho o espiritismo como atividade complementar há muitos anos, e agora isso passa a ser minha atividade principal. Pretendo também viajar um pouco, cuidar da família, da minha vida. O espiritismo tem muito o que ensinar, principalmente a caridade que Jesus nos transmitiu. E é isso que vou fazer nesta minha terceira etapa da vida”, projeta Severo.
“O espiritismo me ajudou muita na profissão. Ele continua a ajudar na melhora pessoal, buscando harmonia, paz interior e um enfrentamento melhor dos problemas”, finaliza.
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