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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Sexualidade infantil

A sexualidade é um dos aspectos menos discutidos do desenvolvimento do ser humano. Falar sobre sexualidade, ainda mais a infantil, desperta em muitas pessoas pudor, vergonha ou rechaço advindos de perspectivas moralistas e preconceituosas que associam a sexualidade a algo proibido ou pecaminoso.

Sexo e sexualidade não são a mesma coisa. Sexo é uma função biológica do ponto de vista animal. Algo natural como comer ou dormir. Porém, a sexualidade humana é algo bastante complexo na dimensão psicológica, suscetível a desvios, problemas e sofrimentos. Ter um bom desenvolvimento desse aspecto nos distancia das mazelas e nos aproxima de nossa plenitude de viver bem, pois dificilmente experimentamos um bem-estar pleno alijados de nossa sexualidade.

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Não há uma constante de como cada filhote experimenta o amadurecimento da sexualidade. Mas desde o primeiro ano de vida eles começam a perceber que há diferenças entre os gêneros masculino e feminino, sendo que pelo menos a partir dos 3 anos eles já sabem a qual gênero eles pertencem. Aqui a anatomia e as caraterísticas sexuais que diferem os homens das mulheres contribuem para essa autopercepção. Não ter essa identidade aos 3 anos é indício de que sofrimento e dissonâncias podem estar acontecendo, assim como verbalizar que gostaria de ter outro gênero ou negar a anatomia.

Na formação da identidade de gênero, também temos a influência dos papéis atribuídos aos pais. Não ter um deles torna o processo mais dificultoso. Podemos também ter pais que não exercem satisfatoriamente as funções parentais, tornando difícil que o filhote ao redor dos 3 a 6 anos se “apaixone” pelo gênero oposto no Complexo de Édipo. Essa paixão não tem conotação sexual adulta e é desejada nessa idade. Os obstáculos acima não significam que o filhote não possa encontrar outros bons modelos para se identificar.

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Convido os leitores a parar de ver a sexualidade sob um prisma de certo ou errado. Fazer de conta que a sexualidade humana não existe e não falar sobre o assunto, não garante a prometida “vida eterna no paraíso”. Assim como saber mais sobre nossa sexualidade e usufruir dela de forma saudável não nos lançará no “fogo do inferno”.

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