Polícia

Simers repudia pré-julgamento em caso de médica acusada de negligência em atendimento no Cemai

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) se manifestou na tarde desta terça-feira, 15, sobre o caso envolvendo uma médica do Centro Materno Infantil (Cemai), em Santa Cruz do Sul, acusada de negligência no atendimento a um bebê de dois meses. Em nota oficial, a entidade repudiou o pré-julgamento da profissional e destacou que o laudo técnico emitido pela empresa responsável pelo serviço apontou que não houve erro ou omissão no atendimento prestado.

A manifestação ocorreu após a publicação de reportagem do Portal Gaz na manhã desta terça-feira, revelando que vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal tiveram acesso ao prontuário médico e ao laudo produzido pela empresa gestora do Cemai. O documento aponta que o bebê foi atendido cinco vezes por quatro médicas diferentes, com diagnósticos semelhantes indicando quadro viral sem gravidade. Nas consultas, as profissionais orientaram a mãe a acompanhar os sintomas em casa, retornando ao serviço caso houvesse piora — o que aconteceu na última consulta, quando foi providenciada a internação hospitalar com transporte por ambulância.

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O caso repercutiu em junho, após a mãe da criança relatar ao Portal Gaz que buscou atendimento diversas vezes no Cemai e acusou a equipe médica de negligência. A criança foi internada com bronquiolite e, após o desabafo da mãe, o episódio gerou comoção nas redes sociais. Em meio à pressão popular, a médica foi afastada, e a Prefeitura anunciou o rompimento do contrato com a empresa terceirizada.

Na nota, o Simers faz um alerta sobre julgamentos precipitados: “O fato alerta para o risco de julgamento antecipado pela opinião pública contra profissionais da saúde. A médica foi afastada do Centro Materno Infantil (Cemai) após a repercussão do caso de atendimento a um bebê. Ela também foi duramente criticada e atacada nas redes sociais.”

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O sindicato ressalta que os profissionais da medicina seguem diretrizes técnicas e atuam sempre em favor do bem-estar dos pacientes: “Os médicos são profissionais que seguem normas e protocolos rigorosos, sempre priorizando o bem-estar do paciente. O Simers se solidariza com a angústia de mães que têm seus filhos doentes, mas não pode compactuar com acusações antes de qualquer investigação.”

O posicionamento encerra com repúdio ao linchamento virtual sofrido pela profissional: “Manifestamos repúdio à antecipação de julgamentos e condenações públicas direcionadas à médica. O Simers oficiará o poder público de Santa Cruz para que se manifeste sobre o desfecho do caso, que inocenta a médica.”

Confira a nota na íntegra:

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) teve acesso ao laudo que inocenta uma médica da acusação de negligência em Santa Cruz do Sul. O fato alerta para o risco de julgamento antecipado pela opinião pública contra profissionais da saúde. A médica foi afastada do Centro Materno Infantil (Cemai) após a repercussão do caso de atendimento a um bebê. Ela também foi duramente criticada e atacada nas redes sociais.

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A empresa que administra a unidade de saúde analisou o caso e constatou que não houve erro no diagnóstico, nem negligência. O bebê passou por cinco avaliações no Cemai, realizadas por quatro médicas diferentes. Todos os diagnósticos apontavam para o mesmo quadro, sem gravidade, e todas as orientações eram de que a mãe tratasse e observasse a evolução da doença em casa, com a instrução para que retornasse em caso de agravamento dos sintomas. Na última consulta, diante do avanço do quadro, a profissional solicitou a internação hospitalar e providenciou ambulância para o transporte. A criança já recebeu alta e está em casa.

O Simers ressalta que os médicos são profissionais que seguem normas e protocolos rigorosos, sempre priorizando o bem-estar do paciente, e se solidariza com a angústia de mães que têm seus filhos doentes. O Sindicato não pode compactuar com acusações antes de qualquer investigação. Manifestamos repúdio à antecipação de julgamentos e condenações públicas direcionadas à médica. O Simers oficiará o poder público de Santa Cruz para que se manifeste sobre o desfecho do caso, que inocenta a médica.

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Karoline Rosa

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