Relutei minha adesão ao WhatsApp (vulgo “zap-zap) no primeiro momento, e depois para elaborar um perfil no Facebook. A pressão dos filhos, que me massacraram com o argumento de que minha postura era indesculpável por ser jornalista, me fizeram capitular.
Gosto de zapear conteúdos, mas minhas postagens são pontuais. As redes sociais, como tudo na vida, não prescindem de equilíbrio, base do bom-senso e da convivência civilizada.
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– Estes idiotas sempre existiram. A diferença é que agora eles dispõem de voz e vez, podendo difundir sua estupidez livremente, a qualquer hora, sem limite de tempo– retruquei.
Minha adesão ao Facebook permitiu descobrir uma legião de velhos colegas de aula e de faculdade ou de amigos que o tempo se encarregou de pulverizar pela vida, além de fazer novas – e verdadeiras – relações a partir de textos publicados.
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Esta moderna ferramenta de democratização de opinião, como tudo na vida, possui os dois lados. Seu bom uso depende da capacidade de conviver com pontos de vista contrários de quem manuseia as ferramentas. O radicalismo, o inconformismo e a intolerância atuais servem para demonstrar como o mundo realmente é: um espaço integrado por gente sensata e gente desequilibrada.
As barbaridades postadas nas redes sociais devem ser vistas com bom humor. Garanto que isso preserva amizades, bem maior posto em risco por política e futebol, dois temas que são nitroglicerina pura e que possuem o lamentável poder de detonar sólidas parcerias.
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