O Conselho Municipal de Trânsito de Santa Cruz aprovou na última quarta-feira, 22, o reajuste na tarifa de transporte urbano de R$ 2,60 para R$ 2,80. Para valer a mudança precisa ser instituída pelo prefeito Telmo Kirst (PP) em decreto. O valor aprovado ficou próximo do que haviam apontado os cálculos da Secretaria Municipal de Transportes, que chegaram a R$ 2,81. As concessionárias do serviço, no entanto, reivindicavam um reajuste para R$ 2,98, que acabou não sendo aceito pela maioria dos conselheiros.
Nesta segunda-feira, 27, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz, Afonso Schwengber, conversou com a Rádio Gazeta e explicou que a instituição vai acionar o Ministério Público. O objetivo é cobrar explicações em nome dos comerciários, uma das categorias que mais utiliza o transporte público urbano, sobre o cálculo que chegou ao valor da tarifa. Outra questão, segundo Schwengber, é o não cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que o próprio sindicato havia conseguido junto ao MP. O documento exige a confecção de site com um banco de dados desde a instituição do Plano Real – em 1994 – com os valores e reajustas da passagem.
Para Schwengber, a população tem o direito de saber o motivo pelo qual está pagando mais. Ele lembra que o debate é muito importante e tomou proporções nacionais em 2013, quando milhares saíram às ruas pelos R$ 0,20. Segundo o presidente, não pode colocar os trabalhadores uns contra os outros e usar o salário de motoristas e cobradores como desculpa para o reajuste. Já que a remuneração não sobe igual ao preço da tarifa. Para isso que o banco de dados também é importante. Além do MP, o Sindicato dos Comerciários também enviou um documento ao prefeito Telmo Kirst.
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