Apesar do governo do Estado ter anunciado para esta quinta-feira, 2, o pagamento de R$ 70 milhões a hospitais filantrópicos e públicos, prefeituras, além de fornecedores, o valor é insuficiente para tirar os estabelecimentos de saúde da crise em consequência do corte e atraso no repasse de recursos. O administrador do Hospital Santa Bárbara (HSB), de Encruzilhada do Sul, e presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Rio Pardo (Sindhvarp), Celso Teixeira, prevê que 80% dos hospitais no Estado não terão condições este mês de pagar os funcionários e médicos ou pagarão apenas parte do valor.
O Hospital Santa Bárbara, conforme Teixeira, terá condições de depositar apenas parte dos salários. Explica que o estabelecimento de saúde não vai fazer empréstimo bancário, pois não há segurança sobre quando haverá a liberação dos recursos atrasados. “Não há cronograma e nem responsabilidade do governo do Estado”, explica.
O presidente do Sindhvarp afirma que o valor destinado aos hospitais nesta quinta-feira representa 40% dos repasses atrasados que deveriam ser pagos no último mês referentes às despesas do mês de maio. Observa que os recursos significam 50% da renda dos estabelecimentos de saúde, que ainda têm em torno de R$ 40 milhões a receber da Secretaria de Saúde do Estado. Teixeira afirma que o governo do Estado priorizou o repasse para as prefeituras. Observa que a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul aguarda uma resposta para a ação impetrada na Justiça na semana passada exigindo do Estado um cronograma para os pagamentos aos estabelecimentos de saúde.
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