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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Sirvam nossas façanhas…

Pois é, enquanto tu me lês, a essa hora estou passando uma trabalheira danada na rede de vôlei do Posto 5, em Copacabana, onde sazonalmente jogo com amigos que conheci há uns 30 anos. Em Copacabana ninguém é rico nem pobre. É um lugar democrático como soem ser as praias de mar. Claro que não sou burro a ponto de sair de Tag Heuer no pulso ou uma correntinha no pescoço. Vou de chinelos de dedo e camiseta do Inter, que sempre pega muito bem.

Pois hoje é 20 de setembro. A gauchada em altos festejos.

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Há quem torça o nariz para as festas farroupilhas. É verdade que os galpões de estância, hoje em dia, servem para guardar sementes, arreios, utensílios, máquinas, conquanto também sejam lugar de sestear, dormir, assar uma carne. Os galpões de estância reais são locais assemelhados aos templos antigos: comunhão, fraternidade. Ali o patrão é igual aos peões, se contam “causos”, rememoram-se feitos e histórias. É um templo sem santos em que realmente se aprende muito. Detalhe: as melhores composições nativistas são de gente genuinamente campeira. Não gosto da pseudomúsica gaúcha e seus rebolados.

Bueno, mas acho maravilhoso que os urbanos se pilchem e desfilem. Detalhe curioso: nas cidades essencialmente campeiras, como Santiago e Unistalda, as mulheres jamais se vestem como prendas para irem à cidade no dia a dia. Apenas nos bailes ou desfiles. Já os homens andam normalmente de botas e bombachas, pois são vestimentas muito confortáveis. Por sinal, não entendo como em alguns lugares fora do Rio Grande do Sul os cavaleiros usam calças jeans apertadas. A perna tem que estar solta para montar no pingo.
Para finalizar, há uns que acham ser o hino gaúcho meio exagerado no ufanismo. Mas antes ser ufano do que lamuriento ou chorão. Além do que passar um inverno inteiro no Rio Grande já é uma façanha… Dá-lhe boca, gauchada!

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