Você já se perguntou por que adoramos algumas coisas, gostamos de outras, nem tanto assim de algumas e detestamos outras? Pois saibam que nós possuímos uma parte no nosso cérebro que gerencia nossos prazeres e grava a intensidade do prazer ou desprazer através de memória. E esse sistema nasce com a gente e vai sendo elaborado ou agredido ao longo de nosso processo de crescimento.
Nosso sistema de recompensa não é muito diferente do funcionamento de outros animais inferiores. Ele visa maximizar o prazer e evitar a dor. E isso é fundamental para nossa sobrevivência. Conforme vamos amadurecendo, esse sistema começa a receber alguns freios sociais e racionais que marcam quais experiências são aceitas e quais são recriminadas.
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É comum dependentes químicos “trocarem” um churrasco familiar por ficarem bebendo ou cheirando sozinhos em algum lugar ermo. É crescente o número de pessoas que preferem batatinhas fritas do que uma fruta. Muitas crianças “escolhem” o videogame, celular ou tablet por não serem estimuladas (de forma persistente) a outras atividades mais físicas, sociáveis e saudáveis.
Desprazeres excessivos em idades iniciais, como abusos físicos, sexuais ou negligência, causam uma desorganização total. A dor passa a causar prazer, o prazer a gerar raiva, a raiva leva a conflitos, conflitos precipitam perdas, que causam dor. E assim segue um ciclo de sofrimento advindo de um sistema de recompensa disfuncional. E isso impacta diretamente nas decisões que as pessoas tomam várias vezes ao dia em todos os dias de suas vidas.
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