Nos Estados Unidos, ao tempo em que foi grande a imigração de alemães, milhares deles tiveram seus sobrenomes “inglesados”. Basta que se deem dois exemplos: “Eisenhower” e “Smith”. Aqui no Brasil é uma pletora de nomes mal copiados. São fenômenos normais, frutos de menor instrução.
Encanta-me quando leio a Gazeta e lá estão sempre muitas referências a pessoas com nomes alemães escritos corretamente.
Há, porém, um costume em nosso país de a esposa adotar o sobrenome do marido, deixando fora o seu. Resultado, os filhos não têm incluído o da mãe e com isso desaparece uma raiz histórica, uma veia que sem dúvida foi e é importante.
Publicidade
Uma das minhas filhas, Milene Koerig Gessinger, que é juíza de Direito em Tramandaí, tem dois filhos. Insisti muito que falasse com seu marido de sobrenome Bremm, para que um se chamasse Bremm Gessinger e o outro Gessinger Bremm. Não houve “acordo”, coisas de vô coruja. Tem que acatar.
Mas em contrapartida minha filha não adotou o sobrenome do esposo.
Minha mulher fez questão de adotar meu patronímico. Se nosso filho tiver descendência, permanece nosso nome .
Publicidade
Minha mulher quis que constasse no nome de casada o da mãe, “Genro”. Ficou Maristela Genro Gessinger.
Fiquei muito orgulhoso pois Adelmo Simas Genro, pai do meu querido amigo, filósofo, advogado Tarso Fernando Herz Genro, é da família de Maristela. Nada a ver com política. Mas ela insistiu no nome Genro. Tarso pode ser controvertido, mas é homem de bem, nunca se soube de um deslize seu.
Eu, se pudesse dar um palpite, diria às noivas para ficarem com seus nomes de família.
Publicidade
***
Sobre as vítimas do bombardeio do primeiro dia do ano.
Xangri-Lá tem várias redes sociais que avisam sobre pessoas suspeitas, coisas perdidas e também muito sobre cães e gatos extraviados.
Publicidade
Tenho um vizinho na praia, cuja filha de 19 anos foi passear na orla com amigas. Aproximou-se dela uma cachorra e ficou se retoçando para a guria.
Acompanhou-a e entrou no portão. Em seguida, deitou-se pedindo carinho.
A menina lajeadense, Maria Luiza Fensterseifer, a alimentou. Seu pai pediu que a soltasse de volta para a rua.
Publicidade
Ante a dúvida de que a cachorrinha queria ou não sair, deixaram o portão aberto. A cadela ficou tomando posse do pátio. Rabo abanando.
Fizemos buscas e mais buscas pelas redes sociais. Espera-se alguém dar notícia.
Enquanto isso, Maria Luiza aguarda e alimenta a vítima dos foguetes. Quer adotá-la.
Ainda existem anjos entre os humanos.