Morreu em São Paulo nesta terça-feira, 27, o empresário Sérgio Gomes, emblemático personagem do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002 – o Ministério Público do Estado o acusava de ser o mandante do crime.
Conhecido como Sombra, ele lutava contra um câncer há alguns anos. Seu advogado, o criminalista Roberto Podval, confirmou a informação sobre a morte de Sombra. Ele estava internado no Hospital Monte Magno, na Vila Formosa, zona leste da Capital. Sombra nunca admitiu envolvimento na morte brutal do prefeito, de quem era amigo e foi assessor.
Publicidade
Sombra nunca foi levado a júri popular pela morte de Celso Daniel. O Supremo Tribunal Federal anulou a ação contra ele porque o juiz do caso, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, não permitiu que as defesas dos outros acusados fizessem perguntas na fase dos interrogatórios.
Sombra ficou sete meses preso em caráter preventivo – no processo sobre a morte de Celso Daniel -, até que o Supremo lhe devolveu a liberdade.
Publicidade
Surgiram as primeiras revelações sobre o esquema de corrupção instalado em secretarias municipais de Santo André. A Promotoria afirma que Sombra planejou o assassinato quando Celso Daniel decidiu dar um fim na rede de propinas – o petista teria tomado essa iniciativa ao ser informado que recursos desviados dos cofres públicos eram destinados ao caixa do PT.
Um irmão de Celso Daniel, o oftalmologista João Francisco Daniel, apontou o suposto envolvimento do ex-ministro José Dirceu na arrecadação de valores ilícitos para abastecer o partido – então presidido pelo próprio Dirceu.
Publicidade