Cultura e Lazer

Sucesso dos anos 1970, “Tubarão” retorna aos cinemas de Santa Cruz

Justo quando você pensava que era seguro entrar no mar, Tubarão volta aos cinemas para lembrar os horrores à espreita no oceano. Para celebrar os 50 anos de um dos maiores clássicos da sétima arte, o Cine Max brasil e o Cine Santa Cruz exibem o longa-metragem em sessões dubladas e legendadas. É a oportunidade para assistir, na telona, a obra que mudou para sempre o cinema mundial. Lançado em 1975, “Tubarão“ (em inglês “Jaws”, mandíbula em português) tornou-se um fenômeno, sendo o primeiro filme a romper a barreira dos US$ 100 milhões da bilheteria.

Na ilha de Amity, uma garota chamada Chrissie decide tomar um banho noturno de mar. A diversão é interrompida quando ela é puxada para a escuridão do oceano. A jovem tenta se soltar, mas é violentamente arrastada até desaparecer. Seria a primeira vítima de um grande tubarão branco que começa a espreitar a Ilha de Amity.

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O ataque começa a ser investigado pelo xerife Brody (Roy Scheider), que mudou-se recentemente da metrópole com a família para o interior. Brody tenta fechar as praias, mas é pressionado pelos comerciantes e o prefeito Vaughn (Murray Hamilton) para mantê-las abertas, especialmente com a chegada do feriado de 4 de julho.

Com o tubarão à espreita, o xerife recebe a ajuda do oceanógrafo Matt Hopper (Richard Dreyfruss) para localizar o animal. Porém, após mais um ataque durante a principal data comemorativa da ilha, os dois unem-se ao caçador Quint (Robert Shaw) e embarcam no orca para pôr fim ao caos promovido pelo animal. No meio do oceano, longe da ilha, acabam tornando-se presas do maior predador que ronda os oceanos.

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Dirigido por Steven Spielberg, Tubarão é a definição de “obra-prima”. Mesmo após cinquenta anos e as limitações da década de 1970, o filme continua a aterrorizar as pessoas. Também foi responsável por criar um subgênero sobre tubarões. Muitos tentaram desbancar o progenitor. Todavia, mesmo com orçamentos robustos e efeitos especiais aprimorados não conseguiram chegar perto do trabalho de Spielberg.

Isso porque a força de Tubarão não se deve ao predador cheio de dentes, mas ao talento da equipe envolvida. A história é simples e objetiva, mas com momentos icônicos que, apesar de terem sido imitados década após década, jamais foram recriados com a mesma intensidade. É, para todos os efeitos, uma programação imperdível para qualquer fã de cinema. No final da sessão, quando as luzes se acenderem, irá agradecer por estar seguro, longe do oceano.

“O tubarão não está funcionando”

Passados cinquenta anos de seu lançamento, “Tubarão” é conhecido por ter dado início aos filmes “arrasa-quarteirões” (comumente chamados de blockbusters), produções épicas lançadas durante o verão norte-americano. Porém, em 1974, um ano antes de chegar aos cinemas, o cenário era outro.
Na época, Steven Spielberg era um cineasta de
 27 anos no início de sua
carreira. O jovem promissor assumiu Tubarão com a finalidade de gravar no mar, e não em uma piscina nos fundos do estúdio da universal. A ideia audaciosa era proporcionar uma experiência verossímil, para que o público acreditasse no que estava assistindo na telona. Porém, transformou-se em um inferno para Spielberg e toda a equipe.

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Embora tenha sido construído por alguns dos nomes mais importantes da época, o tubarão mecânico não estava preparado para funcionar no oceano. Com isso, o enorme animal falhava na maioria das cenas em que deveria aparecer, gerando atrasos na produção. Nas caixas de som instaladas pela ilha, um operador de rádio repetia constantemente: “o tubarão não está funcionando”. E as filmagens, que deveriam durar 55 dias, chegaram a 159. Sem os efeitos digitais dos dias de hoje, Spielberg foi obrigado a reformular o filme. E o que poderia resultar no fracasso tornou-se a salvação da obra.

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Ainda que ausente, a presença do tubarão é constante ao longo de todo o filme, provocando muito mais medo nos poucos momentos em que mostra a mandíbula repleta de dentes. Não só pela maneira com que o diretor filmou as cenas, sempre envoltas de mistério, mas devido à impactante trilha sonora de John Williams, que se sinaliza a presença do predador. Assim, o inferno de Spielberg transformou-se na sua ascensão como um dos mais importantes artistas do cinema.

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Relançamentos

Tubarão não é o único arrasa-quarteirão a ser relançado nos cinemas. Em santa Cruz do Sul, outros dos clássicos estarão de volta às telonas para quem deseja revisitá-los ou aqueles que desejam conferi-los pela primeira vez. A Noiva Cadáver, animação gótica de Tim Burton (“Os Fantasmas se divertem”) já está em cartaz para celebrar os 20 anos de lançamento. Na trama, o jovem Victor acaba se casando acidentalmente com uma cadáver, Emily, enquanto ensaiava os votos matrimoniais em uma floresta. Ele é levado para o mundo dos mortos e precisa achar uma maneira para voltar à sua vida e casar-se com Victoria.

E na quarta-feira, 5, um dos maiores fenômenos dos anos 1980 retorna para celebrar os 40 anos de lançamento. Trata-se de De volta para o futuro, longa-metragem de Robert Zemeckis que deu origem a uma das trilogias mais queridas e nostálgicas. É a oportunidade de viajar no tempo com Marty McFly abordo do Delorean do Doc Brown!

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Julian Kober

É jornalista de geral e atua na profissão há dez anos. Possui bacharel em jornalismo (Unisinos) e trabalhou em grupos de comunicação de diversas cidades do Rio Grande do Sul.

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