Cinema

Superman ganha nova versão que destaca a humanidade do herói

Em cartaz nos cinemas de Santa Cruz do Sul, Superman consegue sintetizar quase um século de histórias de um dos super-heróis mais icônicos da cultura popular. A nova versão do personagem é bem-sucedida a unir em um longa-metragem elementos de diferentes adaptações do personagem.

Kal-El, o último filho de Krypton, não é um personagem fácil de ser trabalhado. Sua invencibilidade e super-força tornam-se um desafio para que o público crie um vínculo com o herói. E as histórias, sejam nos quadrinhos ou no cinema, que se consagraram foram justamente aquelas que mostraram que até mesmo um ser supremo tem suas fraquezas, dilemas e conflitos internos.

E James Gunn, o roteirista e diretor do novo filme, captou a essência do que torna Superman um dos personagens mais complexos e interessantes de ser explorado. Sem precisar contar mais uma vez a origem do personagem, o público é (literalmente) atirado no meio da história, onde Superman já atua há três anos. Após se envolver em um conflito armado entre duas nações, a opinião popular questiona as intenções do personagem e os limites da sua atuação. Afinal, um ser onipotente, de outro planeta, pode intervir em qualquer situação sem precisar do aval de ninguém?

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É nesse contexto que o bilionário Lex Luthor dedica seu dinheiro e sua energia para quebrar o super-herói, física e psicologicamente. Para isso, não se importa em matar inocentes e até colocar o planeta em risco. 

Sem se preocupar em estabelecer o novo universo, Gunn investe o tempo no desenvolvimento dos personagens de uma maneira que ainda não havia sido feito na telona. Apesar de o destaque ser o herói de capa, os demais personagens têm seus arcos e suas missões na história, fazendo com que o público crie empatia.

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E, enquanto a maioria dos filmes de super-heróis tem dificuldade de apresentar antagonista interessante, Nicholas Hoult entrega uma atuação memorável como um dos maiores vilões dos quadrinhos. Além de deixar bem claras suas motivações, seu Lex Luthor é violento, estratégico e manipulador, convencendo que é capaz de matar seu maior inimigo.

Sem medo de expor as vulnerabilidades do ser mais poderoso do planeta, Superman acerta em explorar a humanidade do herói. E entrega ainda algumas das melhores cenas de ação vistas desde que os super-heróis passaram a dominar os cinemas. No entanto, Gunn deixa claro que é o coração (e não os punhos) que fez o personagem, mesmo após quase um século, ser reverenciado.

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A bilheteria ditará o futuro dos heróis na telona

No universo dos quadrinhos, a kryptonita (um pedaço do planeta natal do herói) é o único objeto capaz de enfraquecer o Superman, tornando-o inclusive vulnerável. Já na vida real, a maior ameaça para o personagem é outra: a bilheteria.

Desde 2019, após o lançamento de Vingadores: Ultimato, os filmes de super-herói têm dificuldade de levar o público para o cinema e gerar bilhões em lucro. Em especial a DC, que, diferente da Marvel, não conseguia emplacar suas produções e obter os mesmos resultados, estabelecendo um universo da mesma maneira que o seu concorrente. 

No entanto, nem mesmo a Casa das Ideias tem sido bem-sucedida. Pois, além de não obter o mesmo retorno financeiro de antes, tem dificuldade de conquistar o público, que está cansado das produções baseadas em quadrinhos.

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Foi nesse contexto que James Gunn, responsável pela trilogia Guardiões da Galáxia, assumiu a liderença do estúdio da DC com a missão de atrair os fãs para o cinema. E começou justamente roteirizando e dirigindo o primeiro filme da nova fase.

Já a Marvel, que acumula dois fracassos neste ano, tentará uma última vez com o lançamento da nova versão de Quarteto Fantástico ainda neste mês. Resta saber se os heróis ainda têm força para lutar contra a fadiga.

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Onde assistir

  • Cine Santa Cruz – Salas 1 e 2:
  • 19 horas (3D, dublado);
  • e 21h45 (3D, legendado).
  • Cine Max Brasil – Sala 1:
  • 18h30 (3D, dublado);
  • e 21 horas (3d, legendado).

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Karoline Rosa

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